“Não sou pessimista nem otimista. Sou um realista esperançoso.” Essa frase de Ariano Suassuna é um convite poderoso para refletirmos sobre o equilíbrio necessário entre o que enfrentamos e o que desejamos. Ao final de 2024, carregamos aprendizados de um ano desafiador, mas cheio de conquistas. Agora, voltamos nossos olhos para 2025, um ano que promete ser um marco na construção de novas oportunidades e realizações.
A administração desse sentimento entre esperança e realidade é uma arte que todos precisamos dominar, especialmente em tempos de incerteza. De um lado, a esperança nos impulsiona a sonhar, planejar e acreditar no futuro. De outro, a realidade exige um olhar atento, pragmático e resiliente para lidar com os desafios que a vida nos impõe. Como equilibrar essas forças aparentemente opostas?
A administração da esperança
Esperança não é esperar passivamente que as coisas aconteçam. Esperança é agir com propósito e visão. No âmbito da gestão, isso significa planejar com clareza, identificar objetivo, iniciativas e metas alcançáveis, construir estratégias que unam recursos e pessoas em torno de objetivos comuns. O otimismo cego pode levar à frustração, enquanto o pessimismo paralisa. Já a esperança realista move montanhas com os pés no chão.
Em 2025, a esperança deve ser guiada pela preparação. Empresas, governos e indivíduos precisam usar os dados e as lições de 2024 para fundamentar suas decisões. Afinal, esperança bem administrada não é apenas um sentimento, mas um recurso estratégico para transformar intenções em resultados.
A realidade como guia
Reconhecer a realidade é o primeiro passo para transformá-la. Administrar 2025 significa aceitar que nem tudo será fácil, mas que cada desafio traz consigo a oportunidade de superação. No mundo dos negócios, por exemplo, a transformação digital deixou de ser tendência e se tornou necessidade. O mercado exige criatividade, iniciativa, adaptabilidade, resiliência, e inovação constante.
Para um gestor, entender a realidade não significa apenas identificar riscos, mas também antecipar soluções. É olhar para o cenário econômico e enxergar possibilidades: novos mercados, tecnologias emergentes, mudanças nos comportamentos de consumo (particulares e públicos). A realidade é a base para decisões sólidas, que sustentam a esperança no longo prazo. Cuide da realidade.
Realidade e Esperança: Uma parceria
Se a realidade nos ensina o que é possível, a esperança nos mostra o que vale a pena perseguir. Uma administração eficiente em 2025 deve ser guiada por essa parceria. O líder que inspira e planeja com esperança também é o líder que executa com responsabilidade. O empreendedor que sonha em crescer é o mesmo que gerencia seus recursos com cautela.
Como sociedade, é essencial construir pontes entre o que somos e o que desejamos ser. A educação, por exemplo, é uma área onde esperança e realidade precisam caminhar juntas. Investir na formação de novas gerações é acreditar em um futuro melhor enquanto enfrentamos os desafios do presente com comprometimento.
Oportunidade de recomeço
2025 não é apenas o início de um novo ano, mas a continuação de um ciclo que depende de como administramos nossas ações e pensamentos. Há muito por fazer, mas há também muito por celebrar. Se 2024 nos ensinou a importância de nos adaptarmos e persistirmos, que 2025 seja o ano de colhermos os frutos dessa dedicação.
Que sejamos, como Suassuna, realistas esperançosos. Que possamos enxergar o mundo com olhos atentos, mas sem perder a capacidade de acreditar. Que saibamos administrar nossas vidas, negócios e relações com equilíbrio, propósito e um coração cheio de vontade, de gratidão, de construir um futuro próspero.
2025 está à nossa porta. Que saibamos abrir esse novo capítulo com coragem e esperança, mas sempre com os pés no chão e as mãos na construção do amanhã. Afinal, o futuro é amanhã.
