ARACAJU/SE, 11 de maio de 2025 , 9:44:57

A covid-19 está de volta?

A OMS – Organização Mundial de Saúde continua acompanhando a situação da COVID-19 em todo o mundo, e os últimos dados, no período de 10 de julho a 06 de agosto de 2023, em comparação aos últimos 28 dias anteriores, mostram o aumento de 80% dos novos casos.

A situação é de alerta diante de uma nova variante que recebeu o nome de EG5, uma mutação da Ômicron, e que tem semelhança nos efeitos. Faz sentido a preocupação da OMS porque os países não podem desmantelar as medidas de vigilância e nem os sistemas desenvolvidos em razão da pandemia como o atendimento clínico e a prevenção de infecções.

Não pode haver por parte da sociedade a compreensão de que a decretação do fim da pandemia afastou de vez a possibilidade de novas infecções pelo vírus que causa a COVID. Puro engano. Continuam as infecções, embora em número inferior ao período da pandemia, mas a circulação continua e também as vítimas nos hospitais e também as mortes. 

Apenas para ilustrar, o acadêmico José Murilo de Carvalho, escritor membro da Academia Brasileira de Letras, morreu no último domingo, aos 83 anos, no hospital onde se tratava de COVID.

O fim do inverno em nosso país, período em que muitas pessoas estão muito próximas em elevadores, estabelecimentos comerciais e escolas, também pode contribuir para o aumento da infecção.

O mais grave disso tudo é que continua muita baixa a imunização das pessoas com a vacina mais moderna e que está disponível nos postos de saúde. 

É preciso que a população, desde as crianças até os adultos, deve se vacinar como a única forma segura para não contrair a doença e não se transformar em um vetor de contaminação. Já tem gente defendo o retorno do uso das máscaras como forma de se prevenir e de não transmitir a doença.

No Brasil é preciso retomar a vacinação contra a COVID-19 e acabar essa conversa alienada de que a vacina faz mal, e que as pessoas podem escolher em nome do direito à liberdade. Não existe permissivo para que alguém exercitando o seu direito à liberdade possa causar doenças nas outras pessoas, porque essa conduta é criminosa e está prevista na legislação criminal do país.

Precisamos manter os sistemas do Sistema Único de Saúde que monitoram essas doenças transmissíveis, endêmicas ou pandêmicas, e da mesma forma é preciso manter a capacidade de mobilizar quando necessário os meios para dar suporte em caso de uma nova epidemia.

Por fim, vacinem-se e vacinem seus filhos para depois não terem que chorar as suas ausências.