ARACAJU/SE, 14 de março de 2025 , 13:44:40

A covid cinco anos depois

Após um período de férias, voltamos a falar sobre Direito Médico e da Saúde. Exatamente na semana em que a pandemia da COVID-19 completa cinco anos. Um tempo difícil para todos, ricos ou pobres, países desenvolvidos ou não, todos passaram por uma grande aflição pela gravidade da emergência sanitária.

O mundo registrou mais de 7 milhões de mortes, e no Brasil foram mais de 39 milhões de casos confirmados e 715 mil mortes. A Organização Mundial da Saúde alerta que o número de casos e de mortes pode ter sido muito maior em razão da falta de notificação de todos os casos e óbitos.

As consequencias foram muitas e profundas na economia global, com perdas decorrentes do fechamento de muitas empresas e milhões de desempregados, sem contar com o despreparo para a utilização das novas tecnologias de empresas e empregados. O mundo corporativo teve que se reinventar e investir rapidamente em novas soluções diante do inevitável isolamento que evitou um número muito maior de vítimas.

As dinâmicas sociais também foram impactadas causando uma transformação significativa com a inclusão e aumento do trabalho remoto e mudanças nos hábitos de higiene e saúde, como o uso do alcool gel para as mãos e as máscaras faciais, indispensáveis para evitar ou minimizar o contágio.

A saúde mental também sofreu um grande impacto aumentando os níveis de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, inclusive nas equipes de saúde, médicos e outros profissionais que atuaram na linha de frente, bem como nas crianças e pessoas idosas, causados pelo isolamento social, o medo da doença e as incertezas econômicas.

O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos aumentou consideravelmente. As gerações mais jovens, especialmente aquelas em fase de desenvolvimento, foram particularmente atingidas e enfrentaram dificuldades com a falta de interação social e as mudanças na rotina escolar.

Apesar das dificuldades e vítimas, a pandemia também possibilitou um grande avanço no desenvolvimento de vacinas e a utilização de novas tecnologias, como a do mRNA, como as das Pfizer/BioNtech e Moderna, pioneiras nesse processo.

A identificação rápida do genoma do vírus permitiu o desenvolvimento de testes diagnósticos e vacinas, destacando-se a Professora Ester Sabino, do Brasil, que seuqenciou o vírus em apenas dois dias, acelerando a resposta à crise.

A pandemia contribuiu para que cientistas de muitos países trabalhassem em colaboração, partilhando dados e recursos, acelerando a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos e vacinas. Apesar da resistência de alguns por negarem a ciência e os seus avanços.

A medicina também mudou, com o aumento significativo no uso de telemedicina e outras tecnologias digitais para fornecer cuidados de saúde, melhorando o acesso e a eficiência dos serviços médicos.

Ainda resta uma grande preocupação: os grupos de risco precisam tomar a vacina, pois o vírus continua circulando em nosso país.