ARACAJU/SE, 11 de maio de 2025 , 8:03:09

A falsa cura do autismo

Parece absurda a notícia, mas é verdade. Uma seita surgida nos Estados Unidos e que tem à frente um ex-garimpeiro, Jim Humble, denominada “Genesis II”, vem divulgando através da internet uma “solução mineral milagrosa” chamada de MMS, na verdade um alvejante à base de dióxido de cloro, clorito de sódio e pó cítrico, substância que se assemelha a água sanitária.

A divulgação falsa de que está substância curaria uma série de enfermidades a exemplo do alzheimer, aids, autismo, parkinson, câncer, diabetes e esclerose múltipla. Puro charlatanismo e ignorância que mistura fundamentalismo religioso e ideologia política, da mesma forma como aconteceu com a ivermectina quando da pandemia da COVID, onde religiosos, políticos “conservadores” e até médicos fizeram coro pela medicação mesmo depois que a ciência tinha demonstrado que não servia.

A fake da MMS também vem sendo divulgada como “limpeza” contra as vacinas, uma verdadeira ameaça às crianças e os pediatras de todo o mundo tem se levantado contra esse tipo de divulgação dos antivacinas que preferem envenenar seus filhos que os vacinarem.

A ANVISA tomou a decisão correta de retirar dos meios de divulgação e dos sites de vendas a “falsa solução milagrosa” que já estava sendo vendida em sites de comércio varejista e com a indicação indevida e criminosa.

Este alerta serve para as pessoas que acreditam em tudo o que surge na internet, especialmente nas redes sociais, que são repassadas por gente que não se atenta para o conteúdo se é verdadeiro ou não, e divulgam mais por suas convicções pessoais, sejam ideológicas, religiosas ou por acreditar mesmo nessas coisas estranhas, assim como acreditam que a terra é plana e que as pessoas são divididas em dois grupos, os irão se salvar e os que irão para o inferno.

A irresponsabilidade criminosa das pessoas que vem divulgando essas maluquices não podem ficar impune. É preciso punir com rigor esses arautos da insanidade.

As instituições científicas e representantes dos profissionais da saúde, os operadores do direito que estudam e atuam na área do direito médico e da saúde, devem, por um imperativo ético, combater esses malucos de plantão que podem matar mais gente do guerras.

Esse é o papel da mídia responsável e dos divulgadores da ciência, como vem fazendo, por exemplo, os pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (MG) que vem alertando a opinião pública sobre o descalabro do MMS.