No dia 29/04/2025, o estado de Sergipe foi contemplado com o Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica em cerimônia de entrega da premiação realizada em Brasília-DF.
O evento reconheceu projetos voltados à geração de renda, qualificação profissional e fomento ao empreendedorismo para famílias inscritas no Cadastro Único, consolidando o compromisso do Governo Federal com a redução das desigualdades e a ascensão social.
Participaram da solenidade o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macedo; os governadores Rafael Fonteles (Piauí) e Fábio Mitidieri (Sergipe), o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, além de senadores, deputados e representantes de instituições públicas e privadas.
O estado de Sergipe e o município de Aracaju foram contemplados na categoria de “Combate à Desigualdade” que premiou estados e capitais que apresentaram os melhores resultados no Índice Gini, considerando indicadores como formalização, renda média e acesso a direitos trabalhistas.
Para entendimento da importância de referida premiação que foi originada no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), através da Secretaria de Inclusão Socioeconômica, abordarei adiante, os aspectos metodológicos que foram definidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e chancelado pelo MDS.
Registre-se inicialmente, que conforme a FGV, os rankings de mudanças de bem-estar trabalhistas entre os quartos trimestres de 2023 e 2024 são os últimos microdados disponíveis e é com base em tais informações que podemos observar a evolução do bem-estar no estado de Sergipe.
O estudo da FGV tem um olhar holístico para o mercado laboral incluindo rendimento do trabalho e ocupação de empreendedores e empregados formais e informais. A análise dos indicadores clássicos trabalhistas apresenta elementos diversos como desemprego, participação, jornada, retorno da educação e nível de escolaridade. Os indicadores centrais são sínteses deste desempenho em várias dimensões. Embora o foco seja o desempenho geral, os entendimentos dos determinantes dos resultados observados foram feitos pela FGV para avaliar a melhoria do bem-estar. Um exemplo foi a avaliação de quanto a taxa de desemprego ou a jornada de trabalho afetou o todo trabalhista.
Além disso, o conjunto de indicadores incorpora não apenas a média mas o efeito redutor das desigualdades sobre o bem-estar trabalhista. Isto é, verifica-se o crescimento inclusivo e não apenas de crescimento, que seria abordagem incompleta num lugar com o nível de desigualdade do Brasil. Assim, tem-se, uma espécie de panorâmica dos dois lados da moeda da mudança trabalhista total, ancorada na literatura de indicadores sociais baseados em renda, no caso do trabalho.
O terceiro ponto avaliado pela instituição foi o ordenamento das unidades da federação e municípios das capitais com maior variação de bem-estar trabalhista para enfatizar transformações em curso. Para a instituição, Isto é mais do que a fotografia, é o olhar para o filme objetivando, reconhecer o esforço de mudanças dos atores envolvidos na ópera trabalhista.
Sobre o Indicador de Bem-Estar do Trabalho Individual, foram aferidos os níveis e as variações do bem-estar e dos componentes da média e da igualdade das 27 unidades da federação e dos 27 municípios das capitais no comparativo entre Quarto Trimestre de 2023 e Quarto Trimestre de 2024.
Em termos de mudanças das medidas síntese de bem-estar trabalhista entre os estados brasileiros Sergipe é o destaque com um percentual de (32,47%); os demais estados bem posicionados foram: Pernambuco (19,78%), Bahia (19,42%) e Paraíba (18,62%). Estes foram os que apresentaram os maiores crescimentos, seguidos por Tocantins (17,71%). Também em termos de mudança de bem-estar nas capitais, quatro entre os cinco maiores, foram nordestinos: Recife (40,88%), Porto Velho (31,20%), Natal (30,95%), Aracaju (24,35%) e João Pessoa (23,46%). Então, é uma marca de um crescimento forte no Nordeste que voltou a acontecer na renda do trabalho que é de natureza estrutural. Os demais respectivos componentes de bem-estar social trabalhista como média e igualdade estão na sequência de cada tabela supracitada.
Sergipe mudou de patamar no bem-estar social e Aracaju também, este feito deve ser comemorado e serve como um incentivo para que mais ações na política econômica e social sejam desenvolvidas para que as desigualdades ainda existentes possam ser reduzidas.
Sergipe segue a rota da inclusão socioeconômica e isso é a busca do aumento da prosperidade partilhada. Evidentemente é a resultante da combinação de diferentes indicadores que apontam para um forte desenvolvimento social do estado. Como consequência temos mais pessoas que estavam na pobreza e que estão ascendendo nas classes sociais, especificamente nas classes A, B e C.
O bem-estar dos sergipanos é proveniente de mais empreendedores e mais pessoas sendo inseridas no mercado de trabalho formal e os informais.
A transição das pessoas do Cadastro Único, especificamente, as que recebem o Bolsa Família para as atividades empreendedoras e para o mercado de trabalho, incluindo-se o aumento da ocupação dos trabalhadores e do rendimento por hora trabalhada que foram os mais fortes na base da população.
Que Sergipe continue evoluindo no bem-estar de sua população.