Durante muitos anos, especialmente no período em que o PT esteve no poder, a defesa de causas ligadas as liberdades individuais estavam, invariavelmente, ligadas ao próprio PT e/ou aos partidos ditos de esquerda. Era como se fosse um monopólio em relação a temas ditos polêmicos – “ditos” uma vez que, na opinião do colunista, algumas questões são tão óbvias que nem mereceriam ser consideradas como polêmicas. Mas aí é que está um ponto chave nesses embates: quando chamam para si as pautas, novamente, ditas polêmicas, esses mesmos partidos criam aquela bobagem chamada de “nós contra eles”. E parte da população acaba comprando mesmo essa ideia. Resultado? Bom, quando alguns desses temas não avançam, lá vêm os partidos vitimizar a si e aos que eles defendem. Trata-se de uma tática que, quando bem explorada, causa mesmo uma divisão da sociedade sem que, de fato, exista uma razão objetiva para que isso aconteça, afinal estamos todos no “mesmo barco” social, ora pois. E quando existem avanços? Aí é que a coisa piora, pois aparecem os discursos personalistas do tipo “isso só se tornou realidade por causa de fulano”. E aí mora uma grande mentira: a última análise em casos de direitos e garantias individuais acontece no STF, também invariavelmente. Lógico que é legítimo o processo de luta, de pressão para a aprovação de direitos. Mas isso é consequência, não um processo dominado por esse ou aquele partido. Por isso que é muito salutar ver que o senador Alessandro Vieira (Cidadania), em entrevista à Folha de São Paulo, teve ressaltadas duas de suas “bandeiras” – ô palavrazinha desgastada, né não? –, a criminalização da homofobia e a liberação do uso de maconha para fins medicinais. É que Alessandro, eleito sem grandes parafernálias partidárias e/ou ideológicas, andava sendo acusado de conservador, de “direita”, pelos mesmos esquerdistas que se dizem donos dessas mesmas “bandeiras”. Agora, com o posicionamento claro e objetivo do senador, acaba essa farsa de que alguns temas são de esquerda, de direita ou de centro. Direitos e garantias individuais são “bandeiras” da sociedade, ninguém pode se arvorar como dono delas. E, como a coluna já antecipou lá atrás, não tem nem lógica considerar temas como os defendidos por Alessandro como polêmicos. São tão óbvios que o que os coloca na seara da polêmica é justamente essa coisa do “nós contra eles”. Sem isso, com a somação de mais forças nesse debate, tanto a criminalização da homofobia como o uso da maconha para fins medicinais podem ser analisados de forma técnica, sem partidarismo e sem arroubos. E é isso o que a sociedade precisa quando se trata de temas realmente sérios e que necessitam de debates também muito sérios.
Falha nossa
Rapaz, vou te contar uma coisa: imagina uma entrevista bem legal, bem esclarecedora, que lança luz sobre o tema fiscal e tributário em Sergipe. Tudo uma beleza, tudo muito interessante. Acontece que o repórter que realizou a tal entrevista, que é o mesmo escrevinhador desta coluna, errou o nome de Marco Antônio Queiroz não se sabe porque cargas d’água. Bom, mas tá feito o reparo: Marco Antônio Queiroz foi o entrevistado da página três da edição de fim de semana deste Correio de Sergipe. Com o devido pedido de desculpas, claro.
Tão querendo o quê?
Imagina que o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) disse que levaria 60 dias para recuperar a malha viária aracajuana. E, veja só, agora tem gente já contando os dias – talvez até torcendo para que as chuvas não parem – para ver se o prefeito cumpre ou não a sua promessa. Parece coisa de torcida mesmo, só que do contra. Aí vem a pergunta: afinal, as ruas esburacadas fazem o povo sofrer ou só servem para desgastar o prefeito? A oposição tem que decidir se quer o desgaste de Edvaldo ou o bem da população, né isso?
Bicho pegando
Quem imaginava que o escândalo das supostas candidaturas laranja estava esfriando, enganou-se. Estavam, de fato, em banho-maria, aguardando o aumento da fervura. E ela chegou, pois a procuradora eleitoral Eunice Dantas já pediu abertura de inquérito na Polícia Federal sobre a candidatura a deputada estadual de Marleide Cristina, de Lagarto. Interessante é ver que, caso a burla eleitoral se concretize, usaram uma mulher, uma vez que as candidaturas femininas têm que atingir uma determinada cota em cada partido. Ou seja: usaram a lei para burlar a lei.
Vai Salgado!
Para gerar desenvolvimento para uma região, é necessário fomentar o emprego e a renda da população. E o Governo do Estado tem buscado isso com o diálogo constante com as empresas a exemplo da fábrica de calçados West Coast em Salgado, que desde 2010 vem impactando não só na vida das 300 pessoas que compõem o quadro de funcionários, mas também na de inúmeros moradores que possuem comércio nas proximidades do local. A planta deve crescer ainda mais nos próximos meses e gerar ainda mais empregos.