ARACAJU/SE, 15 de novembro de 2025 , 11:15:21

Celebração Pelos Bispos Falecidos

 

Lembrando o Segundo Livro de Macabeus, na versão da Bíblia de Jerusalém: “De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (12, 41-45).

Os católicos não oram pelos fiéis defuntos por acaso. É com base na Palavra, como está posto em 2 Macabeus, que se deve orar pelos mortos, embora os irmãos separados assim não entendem. A Reforma Protestante retirou do Antigo Testamento sete livros que estavam na Septuaginta (que é a tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o grego, feita no Egito no século III a.C., para judeus que ali habitavam). São estes os livros retirados: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1 e 2 Macabeus, além de adições nos livros de Ester e Daniel.

A Santa Sé Romana celebra todos os anos, no dia 4 de novembro, salvo se cair no domingo, uma missa em sufrágio dos cardeais e bispos falecidos nos doze meses antecedentes.

Dessa maneira, sob a presidência do Arcebispo Metropolitano, a Igreja Particular de Aracaju recordou, no dia 4 passado, os seus bispos falecidos, como manda a Santa Mãe Igreja. E o fez quando, neste Ano Jubilar, também ocorreu o centenário de nascimento de Dom Luciano José Cabral Duarte, o último dos nossos bispos falecidos, bem assim o centésimo quinquagésimo aniversário da Igreja Catedral de Aracaju. Doravante, idêntica celebração deverá ocorrer a cada 4 de novembro.

Dom Josafá discorreu sobre cada um dos quatro bispos falecidos, que estiveram à frente, primeiro, da nossa Diocese, e, depois, da Arquidiocese, a partir de sua elevação a essa condição.

Dom Luciano José Cabral Duarte, o último bispo falecido entre nós, foi o segundo Arcebispo de Aracaju, tendo governado de 1971 a 1998, e faleceu em 29 de maio de 2018, como arcebispo-emérito, aos 93 anos de idade.

Dom José Vicente Távora, Bispo de Aracaju de 1957 a 1960, e 1º Arcebispo, governou, nessa condição, de 1960 a 1970, falecendo em 3 de abril de 1970, aos 59 anos de idade.

Dom Fernando Gomes dos Santos, 2º Bispo de Aracaju, governou de 1949 a 1957, nomeado arcebispo de Goiânia, onde faleceu, em 1º de junho de 1985, aos 75 anos de idade.

Dom José Thomas Gomes da Silva, 1º Bispo de Aracaju, governou de 1911 a 1948, falecendo em 31 de outubro de 1948, aos 75 anos de idade.

Como Pastor da nossa Arquidiocese, Dom Josafá, na carta circular nº 008, datada de 27 de outubro de 2025, conclamou os sacerdotes para participarem da celebração na Catedral, e que, nas Paróquias fosse colocada no Altar do Senhor, na celebração da Missa, a intenção pelos bispos falecidos, citando-se seus nomes na Oração Eucarística.

O gesto de Dom Josafá, não apenas atende à exortação da Igreja, mas o faz em reconhecimento pessoal ao trabalho desempenhado pelos seus predecessores falecidos, que merecerão ser sempre lembrados, como também reconhece o desempenho dos atuais arcebispos-eméritos, Dom João José da Costa (2017 a 2023) e Dom José Palmeira Lessa (1998 a 2017).

Sobre os dois arcebispos-eméritos, o atual Arcebispo disse, na referida carta circular, que “apesar das limitações físicas, [eles] fazem-se presentes em várias celebrações, enriquecendo, ainda, esta Igreja Particular com suas palavras e colaborações”.

Ao final da carta circular, Dom Josafá foi enfático ao dizer: “Assim, tal qual aludiu o Papa Bento XVI ao pontificado, como sendo um humilde trabalhador na vinha do Senhor, somos chamados a rezar pelos nossos bispos defuntos, que foram humildes trabalhadores e cujo sentido da vida foi o Senhor. N’Ele, encontrem a paz eterna e rejubilem com Maria, que o Senhor exaltou olhando para a sua humildade (cf. Lucas, 1,48)”. Assim seja.