Retornando de férias e preocupado com o resultado pífio da campanha de vacinação contra a gripe com a baixa imunização da população, e com a ameaça de uma gripe aviária que já atinge quase todo o país, e que pode modificar o vírus da influenza e causar sérios problemas de saúde coletiva.
O alerta que sempre fizemos pelo desserviço de autoridades governamentais recentes e de militantes políticos que defendem uma falsa liberdade como a de não se vacinar, são as mais evidentes causas da baixa procura pela vacina contra a gripe e da COVID, que ainda continua entre nós, inclusive fazendo vítimas.
O respeito à saúde do outro é um mínimo de grau civilizatório e que não se submete ao individualismo do século XVIII, a onda conservadora nesse ponto demonstra a sua estupidez e o pouco caso com a vida humana. Uma ignorância que revela o quanto nunca se leu sobre liberdade e liberalismo, que destoa de fanatismo e indiferença com o coletivo.
O esforço para vencermos as doenças típicas desse período de inverno onde as crianças, idosos e imunossuprimidos são as maiores vítimas. Por causa dessas doenças as urgências dos hospitais lotam e até medicamentos simples desaparecem das prateleiras das farmácias.
A saúde é dever de todos nós e do Estado. Torna-se mais que evidente que a falta de solidariedade ao não respeitar as regras sanitárias mínimas em nome da “falsa liberdade” é uma verdadeira ameaça à paz pública diante da possibilidade de pandemias que podem ser evitadas, e que também afetam a economia com o aumento de faltas ao trabalho, e pior, quando se torna inevitável o afastamento social como ocorreu com a COVID.
Renovo a minha preocupação com os pais que não estão vacinando os seus filhos e por isso velhas doenças estão voltando como o sarampo, a catapora, a tuberculose. E os filhos que não estão cuidando dos seus pais idosos que também devem ser vacinados.
O mais impactante é que os postos de saúde estão com todas as vacinas disponíveis, e as pessoas enganadas por discursos negacionistas e anticiência estão se descuidando, e com isso, ameaçam a sua própria saúde e a dos outros.
O custo Brasil também pode aumentar quando a saúde coletiva vai mal, e neste caso a culpa é da própria sociedade que prefere o engodo e a mentira. Ainda há tempo de acordar do pesadelo e viver o real.