ARACAJU/SE, 18 de agosto de 2025 , 16:50:45

LEIA EM 3 MIN: #OldToWork = O Grupo Boticário cutuca o mercado e lidera a conversa contra o etarismo

 

✨ “Velho para trabalhar” ou velho demais para ignorar? ✨

Imagine abrir o LinkedIn e ver um selo provocador estampado no perfil de um executivo: #OldToWork. Foi exatamente isso que o Grupo Boticário fez, a partir da sua VP de marketing, Renata Gomide — e o mercado precisou prestar atenção.

O que é etarismo (e por que você deve se importar)?

Etarismo é o preconceito baseado na idade. E ele não escolhe direção:

  • Afeta os mais velhos, vistos como ultrapassados, desatualizados ou improdutivos.

  • E também os mais jovens, frequentemente subestimados, considerados imaturos ou incapazes de liderar.

⌛ Esse preconceito tira oportunidades, reduz a diversidade e empobrece a cultura corporativa.

A provocação do Boticário: #OldToWork

Inspirado no selo global #OpenToWork, o Grupo Boticário lançou o #OldToWork, um movimento que estampa o preconceito para combatê-lo de frente.

Líderes da companhia passaram a exibir o selo em seus perfis no LinkedIn, questionando estereótipos e convidando outras marcas a repensarem suas práticas de contratação e promoção interna.

✅ Um gesto simbólico? Sim. Mas com força para virar o jogo.

Junto com o selo, o Boticário lançou o programa “Novos Começos”, parte do Pacto Prateado — uma iniciativa criada em 2024 para acelerar a inclusão de pessoas 45+ no mercado. A proposta trata o envelhecimento como oportunidade e inclui ações de capacitação, reinserção e valorização de trajetórias profissionais maduras.

A marca também criou a Trilha Antietarista, um curso gratuito e online, com conteúdos voltados à diversidade etária. Lideranças e especialistas compartilham estratégias práticas para tornar os ambientes corporativos mais inclusivos, humanos e intergeracionais.

E mais:

  • 🧠 Workshops sobre preconceito etário

  • 🗣️ Treinamentos em linguagem inclusiva

  • 👥 Painéis com especialistas em longevidade e RH

  • 📢 Campanhas com histórias reais de reinvenção profissional

Tudo isso para transformar cultura organizacional em prática diária — e dar o exemplo que o mercado precisa seguir.

Brasil: um país que envelhece, mas não inclui

  • Em 2022, 57% da força de trabalho brasileira já tinha mais de 45 anos.

  • Ainda assim, apenas 3% a 5% dos cargos nas empresas são ocupados por pessoas acima de 50.

  • Estima-se que 78% das organizações no Brasil tenham barreiras para contratar profissionais maduros.

⚠ O mercado de trabalho está ficando para trás — literalmente.

Quer combater o etarismo na sua empresa? Comece por aqui:

  1. Recrutamento cego: foque em competências, não em datas de nascimento.

  2. Treinamentos de vieses inconscientes: ajude líderes a identificar (e eliminar) preconceitos internos.

  3. Mentoria reversa: jovens ensinando tecnologia, veteranos ensinando gestão e visão estratégica.

  4. Políticas claras de diversidade etária: faça disso um pilar, não uma exceção.

Os obstáculos para trazer o tema à pauta

Apesar da importância do debate, muitas empresas ainda esbarram em desafios práticos para colocar o etarismo na agenda:

  • Falta de diagnóstico interno: poucas organizações mapeiam a idade de seus colaboradores ou monitoram a exclusão etária nos processos seletivos.

  • 🚧 Medo da exposição: tocar no tema pode trazer à tona práticas discriminatórias que a marca ainda não sabe como resolver.

  • 📉 Ausência de indicadores de diversidade etária: sem dados, não há gestão — e sem gestão, não há mudança.

  • 🗓️ Prioridades concorrentes: ESG, diversidade racial, inclusão PCD — a pauta etária muitas vezes fica para depois.

  • 🤐 Desconforto cultural: o envelhecimento ainda é um tabu em muitos ambientes corporativos.

Reconhecer essas barreiras é o primeiro passo. O segundo? Encarar a inclusão etária como uma vantagem competitiva.

Os desafios são reais, mas superáveis:

☑ O etarismo é uma barreira silenciosa, mas não intransponível. O movimento #OldToWork mostra que, com coragem e atitude, é possível liderar mudanças reais.

Marcas que se posicionam ganham reputação, talento e relevância. Porque diversidade de idade também é inteligência de negócio.

Fontes

Esta coluna foi construída com base em conteúdos e dados divulgados por veículos e instituições reconhecidas. A Exame destacou o movimento #OldToWork e a criação do Pacto Prateado pelo Grupo Boticário (https://exame.com/marketing/no-linkedin-o-boticario-provoca-mercado-com-selo-oldtowork-contra-o-etarismo/). A CNN Brasil abordou os impactos do etarismo na vida dos idosos, tanto na saúde quanto na inclusão social (https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-e-etarismo-e-como-a-discriminacao-por-idade-impacta-a-vida-de-idosos/). O portal RH Pra Você contribuiu com insights sobre como o preconceito etário se manifesta nas organizações (https://rhpravoce.com.br/colab/etarismo-no-trabalho-o-que-e-e-como-combater). O Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou reflexões sobre a colaboração entre gerações no ambiente de trabalho (https://tst.jus.br/-/desafiando-o-etarismo-como-a-colaboracao-entre-geracoes-pode-transformar-o-mercado-de-trabalho). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia ofereceram embasamento técnico sobre os desafios do envelhecimento e a necessidade de políticas inclusivas (https://www.who.int/pt/news-room/questions-and-answers/item/ageing-ageism e https://sbgg.org.br/).