ARACAJU/SE, 26 de outubro de 2025 , 11:42:53

Liderança em tempos de conciliação e busca pela Paz

Diego da Costa

 

A vida mostra uma era marcada por tensões políticas, conflitos armados e desafios globais que colocam à prova a capacidade de convivência das sociedades. Diante desse cenário instável, destaca-se um valor essencial: a habilidade de liderança comprometida com a conciliação e com a promoção constante da paz.

Mais do que técnicas de gestão ou carisma pessoal, o líder transformador de hoje precisa exercitar a empatia. Essa competência é reconhecida como inegociável para quem deseja construir ambientes colaborativos e inclusivos. O líder empático compreende as necessidades e emoções de sua equipe, promovendo um clima de confiança e cooperação, essenciais para que o diálogo prevaleça mesmo diante das divergências.

Além disso, a liderança no nosso mundo interconectado exige uma visão global. Não basta agir pensando apenas nos interesses locais: é necessário entender que os problemas nacionais muitas vezes estão entrelaçados com movimentos e demandas globais. Líderes que cultivam competência intercultural, responsabilidade ética e inteligência sistêmica são capazes de construir pontes entre culturas e povos, facilitando a resolução pacífica de conflitos e promovendo respeito mútuo.

Outro pilar essencial é a diplomacia. A habilidade de negociar com empatia, respeitar a diversidade e promover o diálogo é o que sustenta sociedades pacíficas e democráticas. Líderes diplomáticos evitam confrontos desnecessários, buscam a conciliação e previnem tragédias que poderiam ser evitadas com o simples exercício do escutar e do dialogar.

Na condição de rotariano do associado ao Rotary Club de Aracaju Nova Geração, fundado em 15 de maio de 2001, sinto-me parte de uma história global dedicada à construção da paz. O Rotary International, com mais de 120 anos de existência, está presente em mais de 200 países e territórios, promovendo valores como tolerância, diálogo e conciliação. Orgulho-me em pertencer à única organização não governamental a manter, desde 1945, uma cadeira cativa na Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando o compromisso permanente do Rotary com um mundo mais pacífico e justo. Essa atuação demonstra como lideranças engajadas, conectadas local e globalmente, podem ser agentes fundamentais na promoção da paz.

Somos pessoas em ação, líderes nas nossas famílias, comunidades e empresas, e justamente por assumirmos esse papel de liderança nos diversos espaços que ocupamos, temos a responsabilidade e a oportunidade de promover mudanças positivas. Podemos mudar a história ao inspirar pelo exemplo, estimulando a solidariedade e o compromisso com causas que beneficiem o coletivo. Ao unirmos esforços, colocando nossos valores em prática — seja através de iniciativas sociais, ações voluntárias ou na disseminação do respeito e da empatia — tornamo-nos agentes transformadores. Ao invés de esperar que grandes mudanças venham de fora, somos nós, líderes do cotidiano, que impulsionamos a construção de um futuro mais justo, inclusivo e pacífico, deixando um legado inspirador para as próximas gerações.

No objetivo de concluir o pensamento, em tempos de incerteza, somente lideranças com empatia autêntica, visão global e habilidades diplomáticas serão capazes de guiar comunidades — pequenas ou grandes — rumo à harmonia e à cooperação. Ao reconhecermos o papel do diálogo, do respeito e da colaboração, caminhamos juntos em direção a um mundo mais pacífico.