ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 10:30:12

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Mulheres na Administração

Nas empresas, a gestão feminina é cada vez mais reconhecida por suas abordagens inclusivas e colaborativas. As mulheres tendem a valorizar o diálogo, o desenvolvimento de equipes e a construção de ambientes de trabalho mais harmoniosos. Essas características têm se mostrado vantajosas em um mundo corporativo que valoriza a inovação e a flexibilidade. As mulheres, ao liderar, trazem uma visão de longo prazo, preocupando-se não apenas com os resultados financeiros imediatos, mas também com o bem-estar dos colaboradores e a sustentabilidade dos negócios.

Empresas lideradas por mulheres frequentemente adotam políticas mais progressistas em termos de diversidade e inclusão, reconhecendo a importância de diferentes perspectivas na tomada de decisões. Além disso, a presença feminina em cargos de liderança tem sido associada a uma maior resiliência das empresas, especialmente em tempos de crise, onde a capacidade de adaptação e a empatia se tornam essenciais.

No âmbito governamental, a contribuição das mulheres tem sido igualmente significativa. Governos liderados por mulheres ou que possuem uma forte presença feminina em posições de poder tendem a priorizar políticas públicas voltadas para o bem-estar social, educação e saúde, áreas que impactam diretamente a qualidade de vida das populações mais vulneráveis.

A ex-senadora Maria do Carmo Alves, primeira mulher eleita senadora por Sergipe, foi um exemplo marcante da sensibilidade feminina na política. Ao longo de seus 24 anos de mandato, de 1999 até 2022, Maria do Carmo destacou-se por sua defesa intransigente dos direitos das mulheres, sendo a fundadora da Frente Parlamentar da Mulher. Sua atuação foi fundamental para a promoção de políticas que buscaram a igualdade de gênero e o combate à violência contra as mulheres. Maria do Carmo não apenas representou as mulheres no Senado, mas também trabalhou incansavelmente para assegurar que a voz feminina fosse ouvida e respeitada em todas as esferas do governo.

Maria do Carmo Alves foi um símbolo dessa sensibilidade aplicada à gestão pública, mesmo no parlamento federal e nas ações sociais em Sergipe e em Aracaju. Sua trajetória foi um testemunho de como a presença feminina pode transformar positivamente a política, trazendo à tona questões que muitas vezes são negligenciadas em ambientes dominados por homens.

Dentro das famílias, as mulheres historicamente assumiram o papel de gestoras do lar, equilibrando as necessidades de cada membro da família com as demandas externas, como o trabalho e a educação. Essa habilidade de gerenciar múltiplas tarefas e de manter o equilíbrio em ambientes complexos é uma característica que muitas mulheres levam para suas carreiras profissionais e para a vida pública.

A gestão feminina nas famílias também reflete a sensibilidade e o cuidado com o outro, qualidades que são essenciais para a criação de ambientes de apoio e crescimento. Essa experiência de gerir famílias, muitas vezes em condições adversas, tem proporcionado às mulheres uma habilidade única de liderança, que combina rigor com compaixão.

A sensibilidade da mulher na gestão é uma qualidade que vem ganhando reconhecimento, especialmente em tempos em que a liderança empática é cada vez mais valorizada. As mulheres, por sua própria experiência de vida e pelas responsabilidades que tradicionalmente assumem, desenvolvem uma visão mais holística dos desafios, levando em consideração não apenas os aspectos técnicos, mas também os humanos e sociais.

A administração e gestão das mulheres, seja nas empresas, nos governos ou nas famílias, têm se mostrado não apenas eficazes, mas também essenciais para a construção de um mundo mais justo e equilibrado. A sensibilidade, a visão estratégica e a capacidade de gestão multifacetada das mulheres fazem delas líderes indispensáveis em todos os setores da sociedade.