Profa. Dra. Michele Lins Aracaty
Que a Amazônia ocupa aproximadamente 48% do território brasileiro, o equivalente a 4,2 milhões de km² sendo composta por um “conjunto de ecorregiões” com fauna e flora composta por florestas tropicais úmidas, uma enorme biodiversidade e extensa rede hidrográfica (IBGE, 2022).
Apresenta indicadores clássicos de pobreza tais como: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), pobreza, extrema pobreza, informalidade, desemprego e renda per capita certificam que o modelo de desenvolvimento econômico implementado na Amazônia é insustentável e expõe um conjunto de carências, vulnerabilidades e contrações regionais elucidando que a região permanece entre as mais pobres do país.
Que a região é palco de desafios logísticos, infraestruturais e ambientais, tais como: falta de saneamento básico, abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, acesso à moradia, acesso à rede bancária, hidrovias, estradas, aeroportos, portos, telecomunicações, educação, saúde, empregabilidade, índice de progresso social, desmatamento, biopirataria só destacam a magnitude da realidade amazônica e reforçam a necessidade de fomentar políticas públicas participativas (setor privado, setor público, terceiro setor, povos tradicionais, sociedade civil organizada) que promovam o desenvolvimento humano e econômico inclusivos em prol da redução das carências e vulnerabilidades sociais.
Que em função da sua heterogeneidade, temos “cinco amazônias” (macrozonas) classificadas em função da cobertura vegetal e o desmatamento, sendo: Amazônia florestal, Amazônia florestal sob pressão, Amazônia desmatada (originalmente florestada, mas já perdeu grande parte da sua floresta) e Amazônia não florestal (grande maioria ocupada por vegetação de cerrado e campos naturais) e Amazônia urbana.
Precisam saber também que a constante destruição da floresta agrava as mudanças climáticas globais e põe em risco a estabilidade do clima na terra, uma vez que o bioma tem o papel crucial na captura de dióxido de carbono e manutenção da biodiversidade.
Que a floresta desempenha um papel vital no ciclo da água através da evapotranspiração. Ela contribui para a formação de chuvas na região amazônica e em outras partes do Brasil graças ao que os cientistas chamam de “rios voadores” (Greenpeace).
Ademais, a Amazônia não é composta apenas de rios, cobertura vegetal e biodiversidade o espaço é lar de aproximadamente 30 milhões de pessoas incluindo comunidades indígenas (385 grupos) e seus conhecimentos ancestrais que sempre viveram em harmonia com a floresta “são os guardiões da floresta onde suas práticas sustentáveis oferecem lições valiosas para a conservação do meio ambiente”.
Por fim, a Amazônia precisa ser conhecida, valorizada e protegida, sendo o elemento mais importante para tornar o Brasil protagonista de um novo modelo econômico ora denominado de Economia Verde.
