O Banco Central do Brasil divulgou recentemente, os dados estatísticos de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, cabe registrar que referidos dados estão disponíveis no Portal de Dados Abertos do Banco Central, conforme link a seguir https://dadosabertos.bcb.gov.br/dataset/estatisticas-meios-pagamentos.
Conforme o Banco Central do Brasil os dados abertos são dados públicos representados em meio digital, estruturados em formato aberto, processáveis por máquina, referenciados na rede mundial de computadores e disponibilizados sob licença aberta que permita sua livre utilização, consumo ou cruzamento.
Segundo a autoridade monetária do nosso país, o levantamento não leva em conta o uso do dinheiro em espécie, apenas os dados de saques. Assim, passarei neste breve ensaio algumas informações relevantes sobre os dados que foram divulgados e a nova dinâmica da sociedade sobre a utilização dos meios de pagamentos.
De acordo com os dados do Banco Central do Brasil, em 2024, o Pix foi o instrumento de pagamento que mais cresceu em termos de quantidade de transações no país – o aumento foi de 52%. Com isso, ele respondeu por quase metade (47%) do total de transações de pagamento (excluídas as em espécie) realizadas no Brasil no último trimestre do ano passado.
Conforme definição do Banco Central do Brasil, o Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, o Pix tem o potencial de: alavancar a competitividade e a eficiência do mercado; baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes; incentivar a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo; promover a inclusão financeira; e preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população. As explicações acima justificam a evolução do Pix e como ele foi incorporado facilmente no cotidiano de transações dos brasileiros.
Ainda segundo o Banco Central do Brasil, os números também mostram forte protagonismo dos cartões no setor de pagamentos do país, com aumento no número de transações nas modalidades de crédito (+11%), débito (+2,5%) e pré-pago (+19,2%), o que totalizou um crescimento médio de 9,8% deste instrumento em 2024.
O Banco Central apontou em seu comunicado que em 2024 havia cerca de 235 milhões de cartões de crédito ativos, um aumento de quase 14% em relação ao final de 2023; a quantidade de cartões pré-pagos ativos subiu cerca de 9% no último ano, ficando próxima de 74 milhões; e o número de cartões de débitos ativos, por outro lado, registrou uma redução de 5%, tendo passado de cerca de 162 milhões, no fim de 2023, para 154 milhões em 2024.
Sobre o uso de cartões julgo importante apontar conceitualmente o que eles significam na atualidade para os brasileiros. De acordo com o Banco Central, o cartão de crédito é emitido por instituição financeira e por instituição de pagamento e exerce dupla função: instrumento de pagamento e instrumento de crédito pós-go. Mas existe um grande desafio que não pode ser esquecido: o uso consciente do cartão de crédito.
Além disso, do ponto de vista de tipologia, temos o cartão de crédito básico que é aquele utilizado apenas para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. E o diferenciado, que além de permitir o pagamento de bens e serviços, oferece benefícios adicionais, como programas de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços e atendimento personalizado no exterior, entre outros. Estas informações justificam o uso intenso do cartão de crédito em nosso cotidiano e para um público cada vez mais ampliado.
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