ARACAJU/SE, 11 de maio de 2025 , 8:15:30

Queimaduras e outros problemas

No nordeste brasileiro a tradição de fogueiras e fogos de artifício no período junino que contempla as festas dedicadas aos santos da igreja católica Santo Antônio, São João e São Pedro, além das comidas típicas à base do milho e do amendoim, das danças como as quadrilhas e os forrós, um problema muito sério de saúde é exatamente as queimaduras seja pelas fogueiras e pelos fogos de artifício.

A prevenção é muito importante, pois o número de casos em que há perdas de membros e queimaduras até de 3º grau com risco de morte sempre tem aumentado a cada período de festas, e isto tem uma repercussão na vida das vítimas e na sociedade porque tem um custo social para o SUS e para a economia com a perda de força de trabalho, principalmente de jovens.

Os governos todos os anos fazem campanhas advertindo para os perigos, mas é importante que a sociedade civil também encampe a divulgação dos cuidados na manipulação dos fogos de artifício e sobre as fogueiras, aumentando assim a divulgação preventiva dos acidentes tão comuns nesta época.

Os cuidados podem evitar potenciais incêndios, ainda que acidentais, que comprometam o meio ambiente e a vida das pessoas. A defesa civil também se esforça para conscientizar as pessoas sobre os perigos de incêndio, mas ainda assim, muitos parecem ter “ouvidos moucos” e não conseguem entender as mensagens que buscam salvar vidas produtivas que possam ser perdidas pela ignorância e falta de respeito aos outros.

Alguns utilizam a falsa ideia da “tradição” para justificar a falta de cuidados e de respeito aos outros que podem ser vítimas pelo uso inadequado dos fogos de artifício e das fogueiras. E além desses problemas, um outro, e não menos importante, é a poluição sonora provocada pelos estouros das bombas e busca-pés que trazem consequências muito sérias para as pessoas idosas, para recém nascidos e crianças que tenham autismo, bem como também os animais domésticos, especialmente os cães.

O problema maior é a falta de bom senso e de educação para um meio ambiente saudável e respeito à saúde dos outros, a falta de uma atitude empática e civilizada que lota hospitais de urgência e sobrecarrega os hemocentros.

Finalmente, é preciso medir os custos para a economia e para a sociedade causados por todos esses problemas que se repetem, infelizmente, a cada ano.