Abordarei neste ensaio, alguns números de Sergipe, coletados a partir de uma publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançada no dia 27/10/2022, sendo a 30ª edição e denominada de Brasil em Números, que é uma publicação anual com informações e análises de múltiplos aspectos da realidade brasileira.
Neste sentido, a partir dos dados existentes do estado de Sergipe é que iremos apresentar o estado. Vale ressaltar a especificidade especial desta 30ª edição pelo seguinte: a referida edição que é um livro ilustrado com obras do Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda, o primeiro museu multimídia interativo das Regiões Norte e Nordeste. Tive a honra de participar de referida inauguração em 2011, quando o Banese comemorava os seus 50 anos.
A área oficial de Sergipe é de 21.938,118 Km2, representando 1,41% da área da Região Nordeste e 0,26% da área do Brasil. Em termos de divisão territorial só somos superiores ao Distrito Federal que tem uma área de 5.760,784 Km2, que representa 0,07% do território do Brasil.
Do ponto de vista da evolução político-administrativa de Sergipe a partir de 1940, verifica-se que em 1940, Sergipe tinha apenas 42 municípios, manteve este mesmo número na década seguinte (1950), na década de 1960 evoluiu para 62 municípios e em 1970 chegou a 74 municípios, alterando-se para os atuais 75 municípios na década de 2000. O município mais importante do nosso Estado, como em toda unidade federativa é a nossa capital, Aracaju, cuja localização geográfica é a seguinte: latitude (-10º 54’26’’), longitude (-37º 2’54’’), em linha reta Aracaju fica distante de Brasília 1.293 Km e por rodovia a distância é de 1.652 Km.
Com relação a população residente, de acordo com o Censo 2010 do IBGE a população sergipana era de 2.068.017 habitantes, sendo 1.520.366 habitantes do meio urbano e 547.651 habitantes do meio rural; no aspecto de gênero Sergipe tinha 1.005.041 homens e 1.062.976 mulheres. Estes dados demonstram uma taxa de urbanização em Sergipe de 73,52%, maior que a taxa de urbanização da Região Nordeste que é de 73,13%, mas é menor que a taxa de urbanização brasileira que está em 84,36%. A taxa média geométrica de crescimento anual da população sergipana no período de 2000/2010 ficou em 1,49%, sendo a segunda maior taxa de crescimento do Nordeste, atrás apenas do Maranhão que foi de 1,52%, então a de Sergipe foi superior a média da Região Nordeste que foi de 1,07% e maior que a taxa de crescimento do Brasil que foi de 1,17%. A densidade demográfica de Sergipe no ano de 2010 foi de 94,35 habitantes/Km2, sendo a segunda maior densidade da Região Nordeste, ficando atrás apenas de Alagoas que tem uma densidade de 112,33 habitantes/Km2; verifica-se que a densidade demográfica de Sergipe é maior que a da Região Nordeste que é de 34,15 habitantes/Km2 e maior que a do Brasil é de 22,43 habitantes/Km2. Com relação ao coeficiente de masculinidade, o índice de Sergipe foi de 94,55; inferior ao coeficiente da Região Nordeste que foi de 95,35 e também inferior ao coeficiente do Brasil que é de 95,95.
Os dados atuais da população de Sergipe apresentam uma estimativa de 2.338.474 habitantes (base de 2021). O número de matrículas no ensino fundamental (base de 2021) é de 320.638, enquanto que no ano de ano de 2010 era de 373.009, verifica-se que anulamente tem ocorrido declínio no número de matrículo no ensino fundamental, em face da mudança de nossa piramede populacional.
O rendimento domiciliar per capita na base de 2021 ficou em R$ 929,00 e o número de veículos é de 871.776 na base de 2021.
No quesito cobertura vacinal, verifica-se que os índices de Sergipe na base de 2021, são os seguintes: tetravalente (9,98%), contra poliomielite (67,22%), BCG (76,70%), contra hepatite B (67,63%) e tríplice viral (60,79%). Quando analisei os números em anos passados os índices de cobertua vacinal eram maiores.
A publicação também apresenta os dados da Covid-19 em 2021 e que revelam o seguinte: casos acumulados (84.491); incidência de casos/100 mil habitantes (3.676) – foi a maior verificada na Região Nordeste; óbitos (2.217 habitantes); óbitos/100 mil habitantes (96), a segunda maior proporção da Região Nordeste, a maior proporção foi do Ceará.
A média de eleitores sergipanos por seção no ano de 2021 foi de 282, média superior a do Nordeste que foi de 274 eleitores por seção, porém inferior a média brasileira que foi de 298 eleitores por seção. O Número de seções eleitorais em Sergipe no ano de 2021 foi de 5.728, a menor quantidade de seções da Região Nordeste e, o número de eleitores foi de 1.614.989.
O custo médio da construção civil em Sergipe no ano de 2021 foi de R$ 1.348,77/m2, mantendo-se com o menor custo do Brasil, destacando-se que o custo da Região Nordeste foi de R$ 1.418,32/m2 e do Brasil foi de R$ 1.514,52/m2.
Na análise da participação relativa dos setores econômicos de Sergipe, merece destaque que mesmo sendo o menor estado da federação, o estado tem uma participação de 0,4% na produção agrícola (base de 2020).
O crescimento da geração de energia elétrica em Sergipe no período de 2019-2020 foi de 91,5%, sendo o maior crescimento do país neste período; já no Brasil ocorreu um declínio médio de 0,8% no mesmo período. A produção de energia elétrica em Sergipe passou de 4.186 GWh em 2019 para 8.015 GWh em 2020.
Sergipe em números revela um pequeno traço das características de um estado que tem muito a prosperar!
