Desde sua criação, em 1990, o SUS – Sistema Único de Saúde tem sido um pilar fundamental na promoção da saúde e na prevenção de doenças, oferecendo desde atendimento básico até procedimentos de alta complexidade.
A saúde é a área que possui maior dotação orçamentária na União, Estados e Municípios, e por isso não se justifica que muitos dos avanços tecnológicos não sejam incorporados em benefício da população brasileira. É preciso uma melhor gestão dos recursos, maior controle para evitar a corrupção e desvios. Gastar mais na atividade fim do que na atividade meio.
Nos últimos anos, a robótica tem se destacado como uma das principais inovações tecnológicas na área da saúde. Robôs cirúrgicos, sistemas automatizados de diagnóstico e até micro robôs capazes de navegar pelo organismo humano são apenas alguns exemplos de como essa tecnologia está transformando a medicina. A robótica na saúde permite realizar cirurgias com maior precisão, reduzir o tempo de recuperação dos pacientes e aumentar a eficiência dos tratamentos.
A Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (PNGTS) do Ministério da Saúde tem um papel crucial na incorporação dessas tecnologias no SUS. Essa política visa garantir que as novas tecnologias sejam avaliadas, incorporadas e utilizadas de forma segura e eficaz, sempre com foco na equidade, universalidade e integralidade do atendimento. O processo de avaliação inclui a análise de eficácia, segurança, custo-efetividade e impacto orçamentário das tecnologias, assegurando que elas atendam às necessidades da população e contribuam para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde.
A integração da robótica no SUS representa um avanço significativo na capacidade do sistema de oferecer tratamentos mais modernos e eficientes. No entanto, é essencial que essa incorporação seja feita de maneira responsável e sustentável, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso aos benefícios dessas inovações. A PNGTS desempenha um papel fundamental nesse processo, coordenando as atividades de incorporação e exclusão de tecnologias, regulamentando sua implantação na rede de atenção e garantindo que o acesso seja feito em condições adequadas e seguras.
A robótica na saúde, aliada à política de gestão de tecnologias do SUS, tem o potencial de revolucionar a medicina no Brasil, proporcionando tratamentos mais precisos, seguros e eficientes para toda a população. A contínua evolução dessas tecnologias e sua integração responsável no sistema público de saúde são essenciais para garantir que o SUS continue a ser um modelo de excelência em saúde pública.
O estado do Ceará já está oferecendo pelo SUS cirurgia oncológica de rim através da robótica, o primeiro do nordeste, e se espera que essa experiência se transforme em rotina em todo o país. Importante lembrar que é imprescindível valorizar o profissional médico, inclusive criar o cargo com remuneração e garantias iguais as demais carreiras de estado, inclusive com dedicação exclusiva.