O mês de setembro está chegando ao fim, chamado de “setembro amarelo” é o mês que as atenções dos serviços de saúde, público e privado, se voltem para a saúde mental e a prevenção contra o suicídio.
A sociedade nas últimas décadas tem assistido o crescimento das doenças mentais e dos suicídios, o que acendeu a luz amarela.
As consequências do aumento dos transtornos e das doenças mentais são catastróficas para a economia, para o sistema de saúde e para o sistema de segurança pública.
Explico melhor. O aumento dos transtornos psiquiátricos e das doenças mentais afetam diretamente o trabalho, sendo atualmente uma das causas relevantes dos afastamentos dos trabalhadores e do aumento do pagamento de benefícios pela previdência social.
A Associação Brasileira de Psiquiatria vem chamando a atenção para o grave problema para o mundo do trabalho causado pelo aumento de pessoas portadora de depressão, baseada em estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que aponta a depressão como a doença mais incapacitante em todo o mundo até 2030. Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por ano em todo o mundo anualmente por causa da depressão e da ansiedade, causando um prejuízo de US$ 1 trilhão à economia global, principalmente devido à diminuição da produtividade e ao absenteísmo no trabalho.
O suicídio tem sido também uma preocupação da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil porque o país se situa entre os dez países com maiores números absolutos de suicídios do mundo. E quando isto ocorre em razão do trabalho é mais preocupante.
As mudanças muito rápidas do mundo do trabalho e das relações humanas como fruto das novas formas de comunicação, a exemplo das redes sociais, vem exigindo das pessoas uma verdadeira corrida maluca. Ora para acompanhar as mudanças tecnológicas que ameaçam os trabalhadores que não se adaptarem ou aprendam novas tecnologias. Ora o estresse e ansiedade causados pelo sentimento de incapacidade ou de frustração levam à depressão e ao suicídio.
A sociedade brasileira tem que se comprometer com a luta por melhorias condições do trabalho e cuidado com a saúde mental. A conscientização de que os transtornos mentais não são coisas tão simples, ou até mesmo, um comportamento acomodado das pessoas. Os transtornos mentais são graves e podem levar ao suicídio.
A família, a empresa e o estado devem estar atentos para prevenir e cuidar das pessoas que motivos dos mais diversos são afetados em sua saúde mental.
