Uma notícia boa em meio a uma semana em que se confirmou o que já se temia no Rio Grande do Sul, mortes por leptospirose, já são duas e algumas estão em investigação. No entanto o Senado Federal aprovou um projeto de lei que institui o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas de todo o país, e que segue para a sanção presidencial.
A disponibilização de imunizantes nas escolas públicas numa articulação com os serviços de saúde pode aumentar a cobertura vacinal no país. As escolas particulares também poderão aderir ao programa, de acordo com a lei aprovada.
O calendário previsto na Campanha Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde será observado para que as equipes de saúde façam a vacinação nas escolas, atendendo os alunos matriculados e também as crianças e jovens da comunidade não matriculados.
Nos últimos 05 anos a cobertura vacinal sofreu uma grande redução graças aos negacionistas e antivacinas que usaram as redes sociais para fazer campanhas contra os imunizantes, numa atitude irresponsável e atentatória à saúde e à vida de crianças, jovens e adultos do Brasil.
O fenômeno não ocorre somente no país, tem crescido no mundo um tipo de extremismo político que pode causar um abalo muito grande, especialmente para as pessoas mais vulneráveis e sem acesso aos centros privados e exclusivos de saúde. Não é diferente da onda de extremistas que negam o aquecimento global e as consequências no clima do planeta, responsável por desastres climáticos como o ocorrido no Rio Grande do Sul.
A sociedade civil organizada não pode ficar em silêncio quando o que está em jogo é a vida. Desde que a ciência descobriu que é possível imunizar as pessoas e assim prevenir doenças e mais que isso, salvar vidas, e com isso economizar milhões em despesas com o tratamento, hospitalização e absenteísmo no trabalho.
A hora é de reação ao fanatismo anticiência. É preciso resgatar a razão e o bom senso perdidos em meio às disputas da mediocridade ideológica, da pobreza intelectual e da desesperança que se tornou a doença global.
A OMS – Organização Mundial da Saúde vem alertando sobre a saúde mental após a pandemia da COVID-19, porém, até prova em contrário, a piora da saúde mental vem desde o início da era industrial. E tudo isto que em ocorrendo pode ser a maior das consequências. Bom, isso fica para outro artigo. Por enquanto já seria bastante que as famílias vacinassem seus filhos.