ARACAJU/SE, 16 de setembro de 2024 , 15:56:47

Vacinação ou morte

Este ano de 2024 já registrou mais de 334 casos de coqueluche e, infelizmente, um bebê de seis meses na cidade de Londrina, Paraná, no último dia 30 de junho, morreu em decorrência de uma doença evitável através da vacinação.

A Organização Mundial da Saúde e as mais diversas associações de infectologistas ao redor do mundo vêm chamando à atenção para a necessidade e importância de retornarmos ao nível de imunização antes da pandemia da COVID.

Pode parecer contraditório, mas a pandemia recente deveria ter servido de um grande alerta sobre os cuidados de prevenção e da imunização. Especialmente no Brasil, onde a rede pública sempre colocou à disposição da sociedade um programa de imunização invejado por muitos países considerados ricos.

O maior problema, no entanto, tem sido o surto de ignorância e de irresponsabilidade que tomou conta das redes sociais onde falsos arautos da ciência passaram a disseminar notícias falsas e sem fundamentos com o único motivo se posicionar de um lado oposto no campo da política ideológica, sem a preocupação com a saúde e a vida das pessoas.

Todos nós devemos nos movimentar sobre a necessidade da imunização em massa, e isto pode ser feito junto aos nossos familiares e amigos. Desmentindo os pseudocientistas de redes sociais que inventam falsas notícias como forma de amedrontar e afastar recém-nascidos, crianças, jovens e adultos dos postos de saúde e das vacinas.

No caso da coqueluche, doença causada pela bactéria Bordetella perfusis e se manifesta com sintomas como tosse seca, falta de ar, febre e cansaço. Doença infecciosa que afeta as vias respiratórias e pode ser grave especialmente em bebês e crianças.

A transmissão ocorre por gotículas da tosse, espirros ou contato próximo com pessoas infectadas. Nos estágios mais graves, a tosse intensa pode comprometer a respiração, causar vômitos e levar a exaustão.

A Europa e a Ásia também enfrentam aumentos significativos de caos de coqueluche. Na União Europeia, mais de 32 mil casos forma registrados nos três primeiros meses de 2024, em comparação com pouco mais de 25 mil casos durante todo o ano de 2023. Na China, foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos até fevereiro de 2024.

A melhor forma de proteção é a vacinação. No Brasil, a vacina tetravalente é oferecida gratuitamente no Sistema Único de Saúde- SUS para crianças até seis anos, gestantes e profissionais de saúde. O esquema vacinal inclui três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de reforços aos 15 meses e aos 4 anos. A vacina também protege contra difteria e tétano.

Os pais podem escolher entre a morte e a vacinação.