ARACAJU/SE, 21 de setembro de 2025 , 9:59:53

Custo da cesta básica em Aracaju apresenta alta de 1,46%

Da redação, AJN1

No mês de agosto, o valor da cesta básica de Aracaju apresentou alta 1,46%, perfazendo a 9ª maior alta entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$398,47 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Mesmo com o aumento, a capital sergipana detém o peço da cesta mais barato do país. No mês de julho, por exemplo, a capital havia apresentado queda de 6,49%.

Conforme o Dieese, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, aumentaram em 13 das 17 capitais pesquisadas. Em outras quatro cidades, o custo da cesta básica
diminuiu.

Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo (R$ 539,95), o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

Principais variações

O valor do óleo de soja apresentou alta em todas as capitais, com destaque para Campo Grande (31,85%), Aracaju (26,47%), Rio de Janeiro (22,39%) e Porto Alegre (21,15%). As demandas interna e externa têm elevado as cotações da soja e derivados.

Os preços do leite integral e da manteiga tiveram aumento em 16 e 12 capitais, respectivamente. As elevações nos valores do produto variaram entre 1,43%, em Brasília, e 11,10%, em Curitiba. Apenas em Vitória, o preço ficou estável. As altas no custo da manteiga ficaram entre 0,26%, em Salvador, e 5,73%, em Goiânia. A necessidade de refazer estoques, a competição por matéria-prima e a baixa disponibilidade de leite no campo culminaram em elevação de preço dos derivados
lácteos.

O preço médio do arroz agulhinha registrou alta em 15 capitais, com destaque para Porto Alegre (17,91%), Campo Grande (13,61%) e Goiânia (10,56%), ficou estável em Curitiba e recuou -1,45% em Brasília. O aumento se deve à retração dos produtores, que aguardam melhores preços para comercializar o cereal e efetivam apenas vendas pontuais.

De julho para agosto, o valor do pão francês subiu em 13 cidades e variou de 0,23%, em São Paulo, a 9,78%, em Salvador. Em Belo Horizonte e Belém, o preço não variou. As quedas aconteceram em Florianópolis (-0,86%) e Curitiba (-1,41%). As cotações dos derivados de trigo tiveram aumento devido à valorização do dólar diante do real.

Em 12 capitais, o valor médio da carne bovina de primeira registrou alta: variou de 0,59%, em Aracaju, a 8,89%, em Campo Grande. Em Natal, o preço apresentou estabilidade e, em outras quatro cidades, houve queda: Porto Alegre (-0,55%), Vitória (-0,59%), Florianópolis (-0,90%) e Brasília (-1,35%). A baixa oferta de animais para abate no campo e o desempenho recorde das exportações, em especial para a China, resultaram em preços elevados.

O preço do feijão recuou em 14 capitais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, variou entre -25,53%, em Campo Grande, e -1,47%, em Brasília. Já o custo do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, subiu em Porto Alegre (5,00%), Curitiba (3,27%) e na capital fluminense (0,82%). Já em Vitória (-1,41%) e Florianópolis (-1,96%), o valor médio diminuiu. A fraca demanda pelo grão carioca, mesmo com a baixa oferta, explicou a queda dos preços. Para o tipo preto, a importação supriu a falta do feijão nacional, que está em fase de plantio, e o preço aumentou devido ao câmbio desvalorizado.

A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o custo reduzido em todas as cidades. As quedas oscilaram entre -0,52%, em Vitória, e -27,35%, em Curitiba. Mesmo com a demanda retraída, o avanço da colheita elevou a oferta do tubérculo e os preços caíram.

Com informações do Dieese. 

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