Da redação, AJN1
Trabalhadores rodoviários demitidos de duas empresas do transporte público da Grande Aracaju protestaram na manhã desta quinta-feira (18), em frente à sede da Prefeitura de Aracaju, situada no Conjunto Costa e Silva, zona Oeste. A categoria cobra uma reunião com o prefeito Edvaldo Nogueira, autoridade a qual a classe espera bom senso para resolver ou até mesmo atenuar a situação dos mais de 250 funcionários demitidos das viações Modelo e Progresso na última semana.
No entendimento dos manifestantes, como o transporte é uma concessão pública municipal, o prefeito poderia intervir, junto às empresas que compõem os lotes de concessão, para tentar achar uma solução para o problema e preservar os empregos dos trabalhadores neste momento de severa crise econômica por que passa o país. Contudo, mesmo diante do apelo popular, os funcionários demitidos não foram recebidos pelo prefeito.
Conforme a categoria, motoristas e cobradores estão amparados pela Lei 1.765/91, que determina que, para o funcionamento adequado dos Terminais de Integração na capital, é preciso incluir o trabalho dos motoristas, cobradores, como também outros serviços de fiscal, administração.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) afirma que está acompanhando as dificuldades das empresas de transporte público coletivo de Aracaju e tem levado ao conhecimento das autoridades públicas sobre a necessidade de ações que garantam a sustentabilidade do setor.
“Infelizmente, têm sido frequentes os entraves para pagamento de salários, que é o maior custo entre as despesas para prestação do serviço, e isso tem preocupado todas as empresas do transporte, que presenciaram outras mais de 160, também do setor, fechando as portas pelo país durante a pandemia. Principalmente, diante do aumento do preço do combustível, segundo maior insumo do transporte, que já subiu só este ano quase 60%. O Setransp lamenta que o transporte que é um serviço essencial e um direito social esteja enfrentando essa situação e reforça a importância de medidas reparatórias, como a isenção de impostos e taxas, o subsídio para as gratuidades e aporte extra tarifário.”
Esta reportagem aguarda posicionamento da Prefeitura sobre o assunto.