De acordo com o que foi apurado, o agente penitenciário teria sido o mandante do crime, que seria uma represália pelo fim do relacionamento amoroso entre o acusado e uma tia da vítima. Consta nos autos que, na noite do crime, os desconhecidos chegaram ao local e renderam um familiar de Marcelo e outro homem que estavam na frente do imóvel. Eles foram agredidos, enquanto os criminosos invadiram a procura de objetos de valor.
Marcelo estava escondido no quarto, mas acabou alvejado por um dos mais de 20 tiros efetuados contra a porta. Depois disso, um dos homens ainda teria colocado a arma por um buraco e atirado outras vezes, terminando por matar a vítima. Ainda no local, um dos homens arrastou uma das mulheres que estavam no imóvel até um cômodo em construção e a estuprou.
Em depoimento prestado a polícia, o tio da vítima disse que enquanto era agredido acabou reconhecendo o agente penitenciário como um dos envolvidos no crime. Ele acredita que a ação criminosa foi uma represália ao fato da irmã ter acabado o romance com o agente penitenciário, que teria jurado vingança por acreditar que Marcelo teria influenciado na decisão da mulher.
Durante o processo, o agente penitenciário negou qualquer participação no crime e informou que no dia do ocorrido, ele estava de plantão no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. A versão foi confirmada por outros agentes que trabalhavam com o acusado. O julgamento será presidido pelo juiz Gaspar Feitosa de Gouveia Filho e a defesa do réu ficará por conta do advogado Rivaldo Salvino do Nascimento Filho.