A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Saúde, percorreu na manhã deste sábado, 12, diversas ruas do bairro Santa Maria realizando mutirão contra focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da Dengue, Zika e da Febre Chikungunya). Na ocasião foram visitadas aproximadamente 500 residências e terrenos baldios da região.
Segundo a supervisora do Programa Municipal de Controle da Dengue na região do Santa Maria, Daniela de Oliveira Santos Viana, o trabalho requer uma grande participação de agentes de endemias, por se tratar de uma vasta área a percorrer. "Nestes mutirões contamos com o apoio de agentes de diversas outras regiões, para assim abrangermos um maior raio de trabalho. No Santa Maria, por compreenderem a importância de nossa atuação ao visitar as residências, os moradores abrem suas casas e nos recebem muito bem e isso acaba facilitando o acesso aos possíveis focos", explicou.
Na casa de Cláudia dos Santos, o combate ao mosquito é feito por todos os familiares. Como alguns parentes já tiveram a doença, ela enfatiza que o cuidado é sempre mantido. "Deixamos tudo tampado, caixa d'água e outros locais que possam servir de reservatório para o mosquito. O problema encontrado é que na redondeza de nossa casa tem um terreno que trabalha com plástico reciclável, então pode ser que alguns focos sejam criados por lá, mas a nossa parte estamos fazendo. É sempre melhor prevenir a doença não deixando o mosquito entrar em nossas casas", frisou.
Para a dona de casa Adenilde Bispo Santos, a visita dos Agentes de Endemias proporciona uma maior tranquilidade. "Recebo bem estes profissionais, pois eles nos explicam mecanismos para evitarmos a dengue, mostrando na prática como devemos fazer a coisa. Assim, vamos tirando do nosso convívio possíveis focos do mosquito. Tive dengue e me curei, não quero sentir de novo todo aquele mal-estar. Estou sempre monitorando para manter tudo seco, sem acúmulo de água parada", pontuou.
Vale ressaltar que no último Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, divulgado em agosto passado, constatou-se que o armazenamento de água em lavanderias, caixas d'água e tonéis é a principal fonte de criadouro do Aedes aegypti, correspondendo a 64,7% dos casos de infestação do mosquito. Em seguida foram registrados que depósitos domiciliares como: vasos, pratos de plantas, ralos, lajes e sanitários (em desuso) representam 23% dos locais escolhidos para foco do Aedes. Na pesquisa, lixos e resíduos sólidos (encontrados nos quintais das casas) pontuaram 12,2% de incidência.
Fonte: AAN