Um adolescente de 14 anos foi apreendido dentro da Escola Estadual Camilo Santana, em Ubá, no dia 30 de novembro, com uma machadinha e um martelo na mochila. Na mochila, de acordo com o registro da Polícia Militar, havia também um bilhete afirmando que ele cometeria um massacre no colégio.
Ainda de acordo com a PM, também havia um caderno com desenhos de como ele executaria o massacre planejado. O adolescente contou que o motivo do crime era sua infelicidade em relação à escola, à família e à vida e que teve a ideia depois de saber dos atentados de Aracruz, no Espírito Santo, que deixou três professoras e uma menina de 12 anos mortas na última sexta-feira.
Ele afirmou estar arrependido, pediu para ser internado e seguir com o tratamento psicológico que faz. Já o planejamento foi feito após uma pesquisa no celular da avó. A polícia encontrou no histórico de uma rede social instruções de como executar o crime. O adolescente ainda revelou que não tinha um alvo específico, mas que escolheria de forma aleatória.
O ataque foi frustrado após a escola ser avisada por mães de alunos que seus filhos viram as armas e ouviram o adolescente ameaçando o crime. O conselho tutelar foi chamado, assim como a família do jovem, que foi representada por uma tia dele.
Pelas redes sociais, a vice-diretora da escola, Fabiana Caneschi, relatou o caso e afirmou que “a escola continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de violência ou que fira a dignidade dos alunos”.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que uma equipe multidisciplinar, com apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), irá acompanhar o caso e proceder com o acolhimento necessário aos estudantes envolvidos e à comunidade escolar, em conjunto com a rede de apoio local (Polícia Militar, Promotoria, Conselho Tutelar, CRAS, entre outros).
“A SEE/MG salienta que desenvolve e estimula a realização de ações de prevenção e combate à violência no ambiente escolar, por meio do Programa de Convivência Democrática, que procura defender e garantir a cultura de paz nas escolas, promover o respeito, um ambiente acolhedor e a mediação de conflitos. Além disso, conta com importante parceria da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para propiciar um ambiente cada vez mais seguro aos alunos da rede estadual”.
Fonte: G1