O Ministério Público de Sergipe (MP-SE), por meio da Ouvidoria, promoveu, nesta semana, mais um encontro voltado à inclusão de pessoas com neurodivergências. A reunião, conduzida pelo ouvidor do MP-SE, procurador de Justiça Eduardo Lima de Matos, contou com a participação do procurador-geral de Justiça, Nilzir Soares Vieira Junior, do coordenador-geral do MP-SE, Carlos Augusto Alcantara Machado, do secretário-geral do MP-SE, Francisco Góis, além da representante do Rotary Club, Letícia Batista dos Santos, e de grupos de mãe atípicas.
Também participaram do encontro o diretor jurídico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Cesário Venâncio, e a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe (OAB/SE), Maria Edênia Passos Mendonça.
Na ocasião, foi apresentado o Programa ApadrinhaTEA, iniciativa que busca ampliar o acolhimento e criar oportunidades de tratamento, inserção social e empregabilidade para pessoas neurodivergentes. O projeto nasceu no Espaço Viver, em parceria com mães de crianças neurodivergentes, e tem como objetivo engajar a sociedade civil e a iniciativa privada em uma rede de apoio efetiva.
Segundo o ouvidor do MP-SE, a proposta consolida um esforço pioneiro que já vem sendo desenvolvido no município de Nossa Senhora da Glória. “Estamos unindo pessoas da sociedade, do Rotary e das comunidades do interior para desenvolver um trabalho conjunto em prol das pessoas com neurodivergências, buscando acolhimento, tratamento e inserção no mercado de trabalho. O município de Glória tem realizado um trabalho de referência, oferecendo apoio, incentivos e construindo um modelo que possibilita oportunidades a essas pessoas. É uma novidade, e a Ouvidoria tem colaborado nesse processo”, destacou Eduardo Matos.
Essa mobilização dá continuidade ao diálogo iniciado anteriormente, quando o MP-SE, a Defensoria Pública e o Rotary Club de Nossa Senhora da Glória discutiram estratégias de inclusão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Naquele momento, foi proposta a criação de projetos de “adoção social”, com custeio de tratamentos de saúde e suporte educacional a crianças com TEA e TDAH.
Para o MP-SE, a articulação entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada é essencial para garantir dignidade e oportunidades. O procurador-geral de Justiça, Nilzir Soares Vieira Junior, ressaltou que iniciativas como o ApadrinhaTEA representam um avanço significativo no fortalecimento de políticas inclusivas e solidárias em Sergipe.
Fonte: MP-SE
Foto: Eric Almeida