ARACAJU/SE, 29 de novembro de 2024 , 16:49:09

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Apagão cibernético afeta aeroportos, canal de TV e bolsa de valores; Microsoft se pronuncia

 

Bancos e companhias aéreas estão sofrendo com um apagão global tecnológico nesta sexta-feira (19). A Microsoft emitiu um comunicado informando que computadores pelo mundo foram impactados por uma falha no sistema da CrowdStrike, empresa global de segurança cibernética. A empresa diz que a causa da pane foi consertada, mas 365 aplicativos da companhia ainda são impactados.

Segundo informações da Reuters, o problema técnico acontece principalmente por causa da ferramenta de segurança da companhia chamada Falcon, usada para detectar e monitorar possíveis invasões. O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou não se tratar de um “incidente de segurança ou ataque cibernético”. Ele explicou que os clientes foram afetados pelo defeito em uma atualização de conteúdo.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada. Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site. Recomendamos ainda que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, escreveu Kurtz na rede social X.

Diversas operações foram suspensas. Voos no aeroporto de Sydney, na Austrália, não puderam decolar. As companhias americanas Delta e United Airlines também suspenderam seus voos. Voos em aeroportos na Índia também foram suspensos.

No Reino Unido, houve registro de um apagão na Bolsa de Londres. O canal de televisão Sky News está fora do ar. Linhas de trem também estão suspensas e diversos aeroportos estão relatando atrasos.

Na França, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris informou que enfrenta problemas de TI, a uma semana do início das competições.

A polícia do Alasca informou que houve um apagão nas linhas de telefone de emergência. Em seu Facebook, a polícia disse que “muitos call centers do 911 [o número de emergência nos EUA] não estão funcionando “.

Aeroportos

Em Sydney, os painéis que mostram os horários dos voos apagaram. O aeroporto culpou a Microsoft pelos problemas técnicos. A empresa de tecnologia disse que está “migrando suas operações” por conta de problemas com seus serviços.

A empresa falou que os problemas começaram às 18h da costa leste dos EUA de quinta-feira (19h no horário de Brasília) e que está investigando problemas com seus serviços de nuvens nos EUA.

O aeroporto de Berlim publicou no X que está com atrasos em check-ins por causa de um problema técnico. Na Espanha também houve relatos de atrasos.

“Estamos trabalhando para resolver tudo o mais rápido possível. Enquanto isso, operações estão continuando com sistemas manuais”, disse a operadora dos aeroportos espanhóis.

Nos Estados Unidos, as companhias United, Delta e American Airlines também decidiram interromper seus voos. Os aviões que estão no ar seguirão seus cursos normalmente, mas nenhum outro voo está deixando o solo.

Telecomunicações

Empresas de telecomunicação também estão sendo afetadas. O grupo Telstra, da Austrália, disse que está enfrentando problemas no mundo todo.

No Reino Unido, a Sky News ficou fora do ar. A Bolsa de Valores de Londres também chegou a ser afetada, mas as operações de compra e venda seguem funcionando normalmente.

“O sistema de notícias está enfrentando problemas globais com um parceiro terceirizado, impedindo que notícias sejam publicadas no londonstockexchange.com. Equipes técnicas estão trabalhando para restaurar o serviço. Outros serviços no grupo, incluindo a bolsa de Valores de Londres, seguem operando normalmente”, afirmou a bolsa londrina em comunicado.

Fonte: Exame

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