Da redação, AJN1
Em 2017, dos 75 municípios sergipanos apenas 43 contavam com esgotamento sanitário. Desse total, 37 estavam vinculados a um órgão gestor do serviço municipal e apenas dois deles eram vinculados à chefia do Executivo. Os dados constam na Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) referente ao ano de 2017, divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, dos 43 municípios que contavam com o serviço de esgotamento sanitário, apenas 20 tinham quadro de pessoal técnico, ou seja, técnicos especializados em esgotamento sanitário, sendo cinco com nível superior completo voltado para a área. Em relação à fiscalização, apenas 21 municípios contavam com inspeção para implantação de um sistema de esgotamento sanitário para loteamentos novos.
À época, a prefeitura era a única executora do serviço em 34 municípios sergipanos, sendo que oito eram de responsabilidade de outras entidades e apenas uma contava com outra entidade e a prefeitura. Existiam oito contratos de concessão e 44 executoras. Vale ressaltar que em apenas sete municípios existem a cobrança de tarifa pelo serviço.
Fossa séptica
Conforme o IBGE, em apenas três municípios (Canindé de São Francisco, Propriá e Tomar do Geru) existiam o registro de domicílios que utilizavam a fossa séptica como alternativa ao esgotamento sanitário, o que indica um total de 1697 domicílios. Porém, eram 36 municípios onde não existiam o registro, mas haviam domicílios com esse tipo de fossa.
Zonas Urbana e Rural
Em relação à área de abrangência do esgotamento sanitário, na área urbana, os 43 municípios apresentavam rede de esgoto. Porém, essa rede não cobria todo o município, mas apenas uma parte dele. Nesse sentido, apenas quatro municípios contavam com a cobertura em toda sua área. São eles: São Miguel do Aleixo, Canindé de São Francisco, Brejo Grande e Nossa Senhora Aparecida.
Na zona rural, esse cenário era ainda mais preocupante. Apenas sete municípios contavam com rede de esgoto. São eles: Tobias Barreto, São Cristóvão, Rosário do Catete, Propriá, Nossa Senhora do Socorro, Brejo Grande e Nossa Senhora da Glória.
Serviço de esgoto
O serviço de esgoto era executado por outras entidades em municípios como Aracaju, Barra dos Coqueiros, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro, Propriá, São Cristóvão, Itabi e Rosário do Catete. A prefeitura é a única executora do serviço em municípios como Canindé de São Francisco, Itabaiana, Japaratuba e Estância. Dentre os municípios que não contam com o serviço de coleta de esgoto, podemos citar Aquidabã, Capela, Ilha das Flores, Indiaroba, Poço Redondo, Pirambu, Siriri e Salgado, como exemplo.
Coleta
De 11 municípios de 1 a 5000 habitantes, quatro não possuíam serviço de coleta de esgoto. Já dos 15 municípios de 5000 a 10000 habitantes, 10 não possuíam o serviço de coleta de esgoto. E de 19 municípios de 20 mil a 50 mil, sete não contavam com esse serviço. Segundo o IBGE, o problema reduz em municípios com populações maiores que 50 mil habitantes.