A jurista Kathleen Courtney Hochul, de 62 anos, fará história nos Estados Unidos em 24 de agosto. Com a renúncia do governador de Nova York, Andrew Cuomo, que deixará o cargo em duas semanas diante de denúncias graves de assédio, Hochul se tornará a partir desta data a primeira governadora mulher do estado. Será a primeira nos mais de 230 anos de Nova York.
Após o anúncio de Cuomo, Hochul disse em comunicado nas redes sociais que a saída do governador era “a coisa certa a se fazer e no melhor interesse dos nova-iorquinos” e disse estar preparada para o mandato. Uma nova eleição acontece em 2022.
Este é o segundo mandato em que ela participa do como vice de Cuomo, o primeiro tendo sido após a eleição de 2014 (o governador está no cargo desde 2011).
A carreira política da futura governadora até aqui é modesta. Antes do governo estadual, seu principal cargo foi como deputada federal eleita em NY por um mandato, entre 2011 e 2013, uma eleição difícil em distrito controlado pelos republicanos.
Mas no pleito seguinte, a jurista não obteve a reeleição, perdendo em seu distrito para o republicano conservador Chris Collins por margem apertada (51% a 49%).
Hochul nasceu em Buffalo, segunda maior cidade do estado de Nova York, com pouco mais de 250.000 habitantes, e tem seis irmãos.
Ela se formou na Syracuse University, também no estado de Nova York, e estudou Direito (o que, nos EUA, só ocorre na pós-graduação) em uma instituição católica, a Catholic University of America, onde frequentou a Columbus School of Law. Sua família é católica e ela até hoje se diz praticante da religião.
Hochul, apesar de se declarar a favor de pautas como os direitos reprodutivos das mulheres, não está necessariamente na ala mais progressista do Partido Democrata, assim como Cuomo.
Fonte: Exame