ARACAJU/SE, 1 de abril de 2025 , 1:54:35

Aracaju celebra 170 Anos com apresentações culturais afro na Orla de Atalaia

 

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), realizou, na noite desta sexta-feira (28), mais um evento especial na Orla de Atalaia, dentro das comemorações dos 170 anos da capital sergipana. A festa destacou a riqueza da cultura negra, com apresentações de artistas renomados como Lia de Itamaracá, a Banda Descidão dos Quilombolas e Mestre Saci.

A Banda Descidão dos Quilombolas abriu a noite, contagiando o público com o ritmo do samba-reggae e a performance do corpo coreográfico Adupé Descidão. “É uma alegria imensa poder representar nossa cultura e levar a música dos nossos povos para o aniversário de Aracaju”, expressou Mestre Neném, vocalista da banda, agradecendo à prefeitura pela inclusão e valorização da diversidade cultural.

Em seguida, Mestre Saci encantou o público com sua música quilombola, celebrando a oportunidade de compartilhar sua arte. “Participar dessa festa me fez sentir mais vivo e com ainda mais vontade de fazer música para o povo preto”, disse o artista.

A noite foi encerrada com a apresentação da icônica Lia de Itamaracá, que, com mais de 65 anos de carreira, colocou o público para cantar e dançar ao som de suas cirandas. “É um prazer estar em Aracaju, essa terra maravilhosa. Agradeço à Prefeitura pelo convite e pela valorização dos artistas”, declarou a cantora pernambucana.

A estudante Ana Patrícia Silva, de 26 anos, elogiou a iniciativa, destacando a importância de vivenciar a cultura negra. “É uma história que vem sendo contada há muito tempo, mas quando trazemos essa realidade para mais perto, temos um entendimento mais profundo. Isso é muito importante para aqueles que não têm oportunidade de vivenciar essa cultura”, afirmou.

O vice-prefeito e secretário municipal de Comunicação, Ricardo Marques, ressaltou o caráter histórico do evento e o compromisso da gestão em valorizar a cultura de matriz africana. “A prefeita pediu que o povo de matriz africana, o povo negro e os povos de terreiro tivessem visibilidade nas comemorações dos 170 anos de Aracaju. Esta é uma ação reparatória, pois esse povo faz parte da nossa identidade, e não poderia ficar de fora dessa celebração. Estamos dando um início histórico, que, com certeza, continuará nos próximos aniversários da cidade”, concluiu.

*Com informações AAN

 

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