A Prefeitura de Aracaju realizou, na noite desta sexta-feira (19), uma audiência pública com moradores da Zona de Expansão para tratar da disputa judicial que pode transferir parte da área para o município de São Cristóvão. O encontro ocorreu na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) Guiomar Conceição Brito dos Santos, inaugurada no mesmo dia no bairro Mosqueiro.
A prefeita Emília Corrêa afirmou que a gestão busca defender a permanência da região como parte da capital sergipana. Ela destacou que a Prefeitura levou técnicos para esclarecer dúvidas da comunidade e informou que a população não foi consultada por plebiscito, apesar da relevância do processo.
Na apresentação dos dados técnicos, a coordenadora de geoinformações, Manuela Nascimento, informou que a Prefeitura mantém 17 escolas municipais e três Unidades de Saúde da Família na região. Segundo ela, os levantamentos demonstram que os investimentos realizados superam a arrecadação local, o que, de acordo com a gestora, contraria o argumento de interesse econômico na disputa.
O procurador do município Matheus Brito explicou que a ação judicial teve início em processo movido por São Cristóvão e chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi reconhecida a inexistência de plebiscito sobre a mudança territorial. Ele afirmou que a Prefeitura articula apoio político em Brasília para avançar com um Projeto de Lei Complementar sobre o tema.
Representantes da comunidade também se manifestaram. Para Alef Costa, do Movimento Somos Aracaju, os moradores se identificam com a capital em função de laços sociais e culturais estabelecidos historicamente.
Além das medidas judiciais, a Prefeitura informou que executa obras na Zona de Expansão, como a reforma da Escola Municipal de Educação Infantil Florentino Menezes, a construção da Unidade de Saúde da Família João Bezerra e de uma Academia da Cidade.
*Com informações AAN
