Uma pesquisa inédita realizada pelo Observatório das Metrópoles, sob a coordenação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coloca Aracaju como a primeira capital do Nordeste e sétima do país no Índice de Bem-Estar Urbano (Ibeu). O levantamento avaliou o bem-estar nos 5.565 municípios brasileiros a partir de cinco indicadores: mobilidade urbana, levando-se em conta o tempo de deslocamento de casa para o trabalho; condições ambientais – arborização, esgoto a céu aberto, lixo acumulado; habitação – número de pessoas por domicílio e de dormitórios; serviços coletivos urbanos – atendimento adequado de água, esgoto, energia e coleta de lixo, e infraestrutura.
A avaliação dos municípios brasileiros foi feita a partir do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que também é realizado pelo instituto. Os levantamentos apontaram que o principal problema nas áreas urbanas das cidades são a infraestrutura (pavimentação, calçamento, iluminação pública etc.), atendimento de serviços coletivos (esgoto, coleta de lixo etc.) e mobilidade urbana.
O Ibeu também mostra que há grandes disparidades de bem-estar urbano no país, tendo em vista que as condições urbanas são piores nas regiões Norte e Nordeste e melhores nas regiões Sudeste e Sul, sendo a Região Centro-Oeste um espaço de transição. A proposta do Ibeu-Municipal é permitir o monitoramento e a elaboração de políticas urbanas nos municípios brasileiros a partir da adoção de estratégias nacionais de desenvolvimento urbano.
Avaliação
Quando é levado em conta apenas a questão da mobilidade urbana, Aracaju fica na terceira colocação na região Nordeste, perdendo apenas para Teresina (PI) e João Pessoa (PB). No geral, a capital sergipana é a décima capital do país a apresentar boas condições de mobilidade urbana. Já nos quesitos condições ambientais e atendimento dos serviços coletivos, regionalmente, Aracaju ficou na quarta e segunda posições, respectivamente. Na avaliação sobre a infraestrutura urbana, a capital sergipana ficou em primeiro lugar no Nordeste.
Ranking
Vitória (ES) – 0,9000
Goiânia (GO) – 0,8742
Curitiba (PR) – 0,8740
Belo Horizonte (MG) – 0,8619
Porto Alegre (RS) – 0,8499
Campo Grande (MS) – 0,8275
Aracaju (SE) – 0,8214
Rio de Janeiro (RJ) – 0,8194
Florianópolis (SC) – 0,8161
Brasília (DF) – 0,8131
Palmas (TO) – 0,8129
São Paulo (SP) – 0,8119
João Pessoa (PB) – 0,7992
Fortaleza (CE) – 0,7819
Recife (PE) – 0,7758
Salvador (BA) – 0,7719
Cuiabá (MT) – 0,7704
Natal (RN) – 0,7383
Boa Vista (RR) – 0,7249
Teresina (PI) – 0,7218
Maceió (AL) – 0,7036
São Luís (MA) – 0,7003
Rio Branco (AC) – 0,6972
Manaus (AM) – 0,6903
Belém (PA) – 0,6593
Porto Velho (RO) – 0,6542
Macapá (AP) – 0,6413
* Com informações do Observatório das Metrópoles