Da redação, AJN1
O preço da cesta básica apresentou queda de 0,51% em Aracaju no mês de janeiro, representando o 2º menor percentual entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$ 450,84 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa.
Esse valor coloca a capital sergipana como detentora da cesta mais barata entre as capitais avaliadas. Vale frisar que no mês de dezembro, por exemplo, a capital sergipana havia apresentado alta de 0,41%; em novembro, +2,05%; em outubro, +3,55%; em setembro, +7,13%; em agosto, +1,46%; em julho, porém, queda de 6,49%.
Conforme a pesquisa, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%).
Além de Aracaju, o valor da cesta apresentou redução em outras três capitais do Nordeste: Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%) e Fortaleza (-0,37%). Em São Paulo, capital onde a cesta apresentou o maior preço, o custo ficou em R$654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro de 2020. Em 12 meses, o valor do conjunto de alimentos subiu 26,40%.
Quem acompanha as pesquisas mensais realizadas pelo Dieese, percebe que o valor da cesta básica em Aracaju se mantém a mais baixa entre as capitais pesquisadas há muito tempo. A explicação está no benefício tributário dado pelo governo de Sergipe a atacadistas e varejistas que adquirem os produtos que compõem a cesta básica para revender. A carga efetiva fica em 2.1% para a maioria dos itens e 3.6% no caso de alguns produtos, valores bem abaixo da alíquota modal de ICMS no restante do país que é de 18% a interna e 12% a alíquota entre estados.