A consultoria internacional Brand Finance divulgou o novo ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo. A gigante de tecnologia Apple lidera o levantamento, com um valor de 516,6 bilhões de dólares, seguida pela Microsoft (340,4 bilhões de dólares), Google (333,4 bilhões de dólares), Amazon (308,9 bilhões de dólares) e Samsung Group (99,4 bilhões de dólares).
O material completo será apresentado ao mercado nesta quarta-feira, 17, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O estudo da Brand Finance é um dos mais respeitados do mundo, sendo usado por investidores, empresas e empresários para definir estratégias e ações.
Para compilar o ranking, a consultoria leva em consideração o reconhecimento das marcas, sua importância e a reputação junto à sociedade. O boca a boca — ou seja, quanto a marca tem de engajamento espontâneo junto ao público, sem a necessidade de propaganda — também foi incluído pela consultoria.
Líder da edição 2024, a Apple alcançou um crescimento excepcional no valor da marca este ano, aumentando de 219 mil milhões de dólares (74%) para 517 mil milhões de dólares e recuperando o título de marca mais valiosa do mundo.
A gigante de tecnologia obteve um aumento notável, mesmo com a estagnação das vendas do iPhone, tendo em vista sua estratégia de encontrar novos mercados, expandir ecossistema e incentivar atualizações para aparelhos de maior valor. A empresa manteve posição dominante no mercado de smartphones de ponta, com uma participação de 71%.
“A Apple aumentou o valor da sua marca através da diversificação estratégica e da premiumização. Mais de 50% dos entrevistados reconheceram a empresa como cara, mas afimaram que o preço se justifica, reforçando a capacidade da marca de exigir um valor premium”, diz David Haigh, presidente e CEO da Brand Finance.
A pesquisa ainda mostrou uma alta significativa entre as marcas que investiram fortemente em inteligência artificial, motivo que levou a Nvidia a se tornar a companhia de crescimento mais rápido do mundo, com um aumento de 163% no valor da marca para 44,4 bilhões de dólares. A empresa americana, um dos principais players em chips de IA, é percebida como altamente inovadora, com níveis crescentes de familiaridade, consideração e recomendação.
As marcas brasileiras mais valiosas
Das 500 marcas listadas no relatório global da Brand Finance em 2024, somente três são brasileiras: Itaú (8,3 bilhões de dólares), classificado em 263º lugar, Banco do Brasil (5,5 bilhões de dólares) e Bradesco (5 bilhões de dólares), em 431º e 477º, respectivamente.
“Novamente os bancos lideram as marcas brasileiras mais valiosas em nível global. Um propósito bem definido, associações e atributos emocionais de marca, e inovação, alinhados com uma boa comunicação e alto volume de receita, fazem Itaú, Banco do Brasil e Bradesco as marcas nacionais mais valiosas em nível mundial”, diz Eduardo Chaves, diretor da Brand Finance no Brasil.
Ainda de acordo com o executivo, o segmento bancário carrega um grande potencial de crescimento que vem sendo absorvido pelas marcas do setor. “Uma boa gestão da experiência e relacionamento com o cliente elevam os indicadores de força de marca e consequentemente aumentam as vendas”, complementa.
Paralelamente ao ranking global, a Brand Finance também realiza anualmente um levantamento para destacar as 100 marcas mais valiosas do Brasil. Segundo a última publicação, realizada em 2023, a lista foi liderada por bancos, nesta ordem: Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa, Vale, Natura, Skol, Brahma e Sadia.
Latino-americanas totalizam mais de 34,4 bilhões de dólares
A América Latina é representada por outras duas marcas mexicanas no ranking global da Brand Finance, além dos bancos brasileiros: Corona Extra (10,4 bilhões de dólares), classificada em 207º lugar, e Modelo Especial (5,2 bilhões de dólares), listada na 455º posição. O valor das cinco companhias latino-americanas totaliza mais de 34,4 bilhões de dólares, um aumento de 9% em relação as cinco marcas presentes em 2023.
A Corona Extra, marca mais valiosa da América Latina, aumentou o seu valor de marca em 40%, chegando a 10,4 bilhões de dólares, superando o Itaú. A pesquisa revelou uma alta significativa na força da marca globalmente, impulsionada por um aumento nos níveis de consideração, reputação e percepções do consumidor ligadas a questões e iniciativas de sustentabilidade. Além disso, a companhia se beneficiou de um aumento de 19% nas vendas fora do México.
Fonte: Exame