Manifestantes foram às ruas ontem (29) em várias cidades do país para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Pessoas ligadas a partidos de oposição, movimentos sociais e de estudantes saíram em passeata em defesa do pagamento de R$ 600 de auxílio emergencial, verbas para universidades públicas e ampliação da vacinação contra a covid-19. Também houve protestos contra a privatização de estatais e a reforma administrativa.
Pela manhã, em Brasília, a concentração foi em frente ao Museu da República e seguiu para a Esplanada dos Ministérios. Em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes gritaram palavras de ordem e exibiram faixas e cartazes. A Polícia Militar não divulgou o número de participantes do ato.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, manifestantes se reuniram em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, no centro da cidade, a partir das 10h. Organizações sociais, movimentos estudantis, centrais sindicais e partidos de oposição ocuparam três das quatro pistas da Avenida Presidente Vargas e caminharam pela via em direção à Candelária. Depois seguiram por outras vias do centro.
São Paulo
Os manifestantes se concentram na Avenida Paulista desde as 16h. O trânsito foi bloqueado nas proximidades do Museu de Arte de São Paulo (Masp). No local, organizadores fazem distribuição de máscaras e pedem respeito ao distanciamento social.
Salvador
O ato #29MForaBolsonaro também reuniu centenas no centro de Salvador. Além do impeachment contra o presidente Bolsonaro, os manifestantes cobraram, sob gritos de “vacina, trabalho e pão”, a responsabilização pela negligência do governo federal frente à pandemia.
A militância de esquerda, incluindo lideranças de movimentos sindicais e estudantis, se reuniu no Largo do Campo Grande, centro da capital baiana, por volta das 10h, e seguiram até a Praça Castro Alves. Houve alerta para o distanciamento a ser mantido e, em alguns pontos, chegaram a distribuir máscaras do tipo PFF2 na tentativa de garantir de segurança durante a caminhada, que ocorre de maneira pacífica e é acompanhada pela Polícia Militar.
Aracaju
Na capital sergipana, os movimentos sociais e sindicais se concentraram na praça dos mercados para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo marchou em direção às ruas do Bairro 18 do Forte.
Os manifestantes protestaram contra as ações do governo no combate à pandemia; contra a privatização do patrimônio público e a reforma administrativa.
Além disso, os manifestantes reclamaram do valor do auxílio emergencial, considerado insuficiente e ainda pela falta de uma política para manter o trabalho e a renda, incluindo o abandono aos micros, pequenos e médios empresários.
A expectativa agora é que o calor das ruas embale a pressão sobre o Governo feita pela CPI da Pandemia no Senado, que vem apurando a gestão errática e negacionista da crise sanitária por Jair Bolsonaro — desde o início da crise, ele boicota tanto medidas de isolamento social como a campanha de vacinação em massa.
Fonte: Agência Brasil