Da redação, AJN1
Os bancários de Sergipe decidiram aderir a Greve Geral que está sendo convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais para o próximo dia 30 de junho. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (22), na sede do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB), em Aracaju. A mobilização é uma reação das entidades sindicais e sociedade civil organizada contra as reformas trabalhista e previdenciária tramitam no Congresso Nacional.
Na manifestação anterior, realizada no dia 28 de abril, as entidades envolvidas com o movimento conseguiram parar a capital, que ficou sem transporte coletivo, o comércio e as agências bancárias não funcionaram. A expectativa é que o fato se repita no ato da próxima semana.
A presidente do Sindicato dos Bancários, Ivânia Pereira, lembrou da derrota que o presidente presidente Michel Temer sofreu na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, ao não conseguir aprovar o relatório da reforma trabalhista da forma como foi enviada pela Câmara dos Deputados. A sindicalista destacou que o voto determinante para derrota do governo foi do senador Eduardo Amorim (PSDB).
“Aqui em Sergipe, estamos reconhecendo publicamente a importância do voto do senador Eduardo Amorim. Vamos reforçar nossa resistência e denunciar aqueles parlamentares que continuam ajudando a usurpar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Quem votar contra os nossos direitos consagrados não deverá ser eleito, a nenhum outro mandato”, ressaltou Ivânia Pereira.
Ainda quanto à reforma trabalhista, os bancários demonstraram esperança na tramitação do relatório do senador Paulo Paim, que assegura os direitos dos trabalhadores, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Precisamos manter a pressão sobre o Senado Federal contra a reforma trabalhista de Temer”, afirmou a presidente dos Bancários, acrescentando que em todo o país, as centrais sindicais estão no processo de convencimento para que os senadores se manifestem contrários ao que consideram o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da previdência.
A Greve Geral, que está sendo convocada para o dia 30, é organizada pelas centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “A derrota de Temer é o resultado dessa jornada de lutas. Estamos no caminho certo e não podemos vacilar. Da nossa parte, vamos convencer dentro das agências cada bancário a participar da greve de junho. Ela tem de ser ainda maior do que a do dia 28 de abril”, defendeu Ivânia Pereira.
*Com informações da Ascom Bancários