Bancários de todo o país entram em greve nesta terça-feira (6), depois de rejeitar a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As reivindicações incluem reajuste salarial, reposição inflacionária de 5%, antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do piso salarial, aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira. A greve, que será realizada em todo o território nacional.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, a paralisação deverá atingir todos os bancos privados e estatais. "Os banqueiros ofereceram 6,5%. Nós perdemos durante um ano 9,74% no poder de compra. Isso foi as perdas que toda classe trabalhadora teve. Na hora de reajustar o salário, não pode ser menor. Não aceitamos reajuste abaixo da inflação e queremos um índice acima, o que chamamos de ganho real", explicou a sindicalista.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, Lourenço Prado, o movimento tem prazo indeterminado e não prejudicará a população. “A greve é nacional e com prazo indeterminado, porém os caixas vão continuar funcionando e os correspondentes bancários também funcionam normalmente. A população não será afetada, os clientes especiais poderão ser atendidos conforme acordo com o sindicato. Não queremos trazer prejuízo à população, só vamos reivindicar nossos direitos".
“Prado disse ainda que a proposta apresentada está abaixo da inflação do período, que é de 9,57%. O pedido da categoria é de pelo menos 5% de aumento real. "Nossa reivindicação é de pelo menos 15% de reajuste salarial. O que eles oferecem é 2,8% abaixo da inflação do período", disse.