Quem precisar utilizar serviços bancários a partir desta terça-feira (6) vai enfrentar problemas em virtude da greve da categoria, que atinge todos os bancos em Sergipe, inclusive o Banese, que aderiu a orientação do Comando Nacional dos Bancários. Os correntistas terão a disposição apenas os canais de auto atendimento. Os bancários rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Após quatro rodadas de negociação, a Federação apresentou ofereceu 6,5% de reajuste no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, mais abono de R$ 3 mil. No entanto, a categoria reivindica a reposição da inflação, estimada em 9,57%, e aumento real de 5%.
Desde a semana passada, os diretores do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) estão visitando as agências e conversando com correntistas esclarecendo os motivos da deflagração da greve. “A proposta da Fenaban não contempla a reposição da inflação e aumento real. Pedimos desculpas e ao mesmo tempo o apoio da sociedade, pelos transtornos naturais de uma greve. Queremos apenas a valorização do nosso trabalho”, destacou a presidente do Sindicato dos Bancários, Ivânia Pereira.
Lucro
De acordo com a sindicalista, juntos, os cinco maiores bancos no Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica) lucraram mais de R$ 29,7 bilhões de reais, apenas no primeiro semestre deste ano. Ainda assim, os bancos eliminaram 7.897 postos de trabalho, nos primeiros sete meses deste ano. Entre 2012 e 2015, mais de 35 mil empregos foram reduzidos pelos banqueiros.
“Os bancos mantém lucros estratosféricos. Nenhum setor da indústria ou empresarial teve crescimento tão vertiginoso quanto os bancos. Entretanto, os banqueiros se recusam a garantir ganho real aos salários dos bancários e bancárias. Por isso reafirmamos: sem ganho real não tem acordo", garante a Ivânia.
* Com informações da Ascom Bancários
