O Comando Nacional dos Bancários rejeitou, nesta sexta-feira (9), a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7% no salário. Com isso, a categoria permanece em greve. O percentual foi considerado ‘muito rebaixado’, porque sequer cobre a inflação do período, isso porque o INPC de agosto fechou em 9,62%, o que representaria uma perda de 2,39% nos salários. A Fenaban agendou uma nova rodada de negociação com os bancários para a próxima terça-feira (13), em São Paulo.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira, assim com no resto do País, a paralisação no estado cresceu desde a deflagração do movimentono dia 6. “A Fenaban pagou pra ver: no quarto dia de greve, a categoria reagiu à proposta mesquinha dos banqueiros. Em todo o estado, nesta sexta, a greve envolveu 174 agências e postos de atendimento bancário”, afirma a presidenta.
Em reunião de avaliação, os dirigentes do SEEB/SE festejaram o aumento no número de agências na greve nesses quatro dias e prepararam novas manifestações para segunda (12). Pela manhã, estarão mobilizados em frente as agências bancárias, convocando a categoria para a passeata “Só a luta te garante”, tema da campanha salarial dos bancários 2016/2017. A concentração da caminhada será às 16h, na praça General Valadão.
Sergipe
A adesão da greve no Banese na capital, que conta com 20 agências, é de 80%. Já no interior interior este percentual chega a 82% das 44 agências. Além disso, 50% dos Pontos Banese estão fechados. No Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a greve envolve 100% das três agências da capital e no interior, 85% (15 unidades). No Banco do Brasil (BB), na capital, a greve continua em 100% das agências (14 unidades) e 55%, no interior (37).
Na Caixa Econômica Federal as 42 agências, sendo 19 na capital e 23 no interior estão sem funcionar. No Bradesco e HSBS, a greve envolve 50% do total das agências na capital (oito) e interior (14). No Santander, a greve envolve 100% das agências (cinco). Já no Itaú, o movimento está em 92% do total das agências, na capital (oito) e no interior (quatro).
Segundo informações do Comando Nacional dos Bancários, neste quarto dia de greve, 10.027 agências e 54 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. Este número representa 42,59% das agências bancárias do país e um crescimento de 14% da mobilização, na comparação com o primeiro dia de paralisações.
Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa do emprego, também são prioridades para a categoria bancária.
* Com informações da Ascom Bancários