As causas do incêndio ocorrido na última sexta-feira (25), que destruiu cerca de 10% da fábrica Yazaki, que produz peças automotivas, localizada no Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, estão sendo investigadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBM/SE).
A perícia foi feita às 9h do sábado (26), com o acompanhamento do engenheiro de segurança responsável pelo local. A fábrica possui atestado de regularidade junto ao Corpo de Bombeiros, atendendo às exigências do Sistema de Combate a Incêndio e Pânico.
De acordo com a perita do CBMSE que investiga o caso, tenente BM Antenora Lins, a eficiência da ação das equipes de combate a incêndio do CBMSE que atuaram na ocorrência foi crucial para evitar que as chamas se propagassem. O fogo não queimou o estoque e nada da matéria-prima. O incêndio ficou restrito somente aos materiais prontos para entrega, que estavam armazenados em caixotes de plástico.
“Havia muitos materiais altamente inflamáveis, como caixas de papelão, que não foram atingidos. Além do combate eficiente dos bombeiros, outros fatores que ajudaram a não propagação (do fogo) por condução foram o isolamento dos materiais feito pela fábrica e a falta de ventilação do local. Na maior parte, a propagação do fogo ocorreu por irradiação do calor. O calor ficou restrito na coluna térmica, devido ao isolamento natural dos materiais”, explica a tenente Antenora.
Durante a perícia, os bombeiros tiraram fotografias, verificaram as marcas de combustão, observaram a utilização dos preventivos fixos da edificação e procuraram quaisquer vestígios estranhos ao ambiente que possam ter causado o incêndio. Os peritos não tiveram acesso às imagens do local no momento do incêndio porque as câmeras de segurança não estavam funcionando.
“O fogo só tomou grandes proporções porque não houve combate ao princípio de incêndio, pois não havia brigadista na fábrica naquele momento. A brigada de incêndio estava de recesso. Quem acionou o Corpo de Bombeiros foi o vigilante, depois que o alarme de incêndio tocou. Por outro lado, os preventivos fixos da fábrica, como hidrantes e a iluminação de emergência, funcionaram de forma eficaz, o que ajudou de forma significativa a atuação dos bombeiros no combate às chamas. Seria precipitado indicar a causa do incêndio. Vamos colher os depoimentos de funcionários que estavam trabalhando no dia da ocorrência. O laudo fica pronto em até 30 dias”, ressaltou a perita.
Com informações do CBM