O Brasil caiu uma posição no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o país recuou da 86ª posição em 2020 para a 87ª em 2021.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro ficou em 0,754, considerado pelo Pnud um patamar elevado. Mas, com a perda de desenvolvimento humano por dois anos seguidos, o Brasil recuou ao patamar de 2014, quando o IDH do país também era de 0,754. É um retrocesso maior do que a média mundial – o IDH global retrocedeu ao nível de 2016.
E, comparando com os dados de 2019, a única dimensão que derrubou o IDH brasileiro foi a saúde, o que evidencia o impacto da alta mortalidade no país durante a pandemia. A renda média do brasileiro avançou em relação a 2019, e os indicadores de educação ficaram estagnados.
Mas, se em 2019 a expectativa de vida média do brasileiro ao nascer era de 75,3 anos, em 2021 este número caiu para 72,8 anos. Neste quesito, o país retrocedeu 13 anos. A esperança de vida média ao nascer hoje é praticamente igual à de 2008, que era de 72,7 anos.
No mundo, o IDH voltou aos níveis de 2016, com mais de 90% dos países registrando declínio na pontuação em 2020 ou 2021, anos em que o planeta foi afetado fortemente pela pandemia. A guerra na Ucrânia também puxou os indicadores para baixo, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), responsável pelo relatório.
No caso do Brasil, o Índide de Desenvolvimento Humano (IDH) ficou em 0,754 em 2021, de acordo com os dados revelados hoje. Pela metodologia do Pnud, quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento humano.
Entre os cinco primeiros colocados estão Suíça (0,962), Noruega (0,961), Islândia (0,959), Hong Kong (0,952) e Austrália (0,951). Maior economia da Europa, a Alemanha figura na nona posição, com IDH de 0,942, seguida pelos Países Baixos, com 0,941. Reino Unido ficou com a 18ª posição (0,929).
O Canadá é o mais bem colocado país das Américas, com índice de 0,936, na 15ª posição. Estados Unidos aparece em 21º, com 0,921. Cuba aparece em 83º, com 0,764 de índice. México está abaixo, com 0,758, em 86º lugar.
Na América do Sul, o país mais bem colocado é o Chile, com 0,855 de IDH em 42º lugar. Em seguida vem Argentina, em 47º (0,842); Uruguai está em 58º (0,809), bem à frente de Peru (84º, com 0,762), Brasil (87º) e Colômbia (88º, com 0,752).
Um dos destinos preferidos de brasileiros que buscam uma nova vida fora do país, atualmente, Portugal ficou em 38º lugar, com índice de 0,866, atrás de Espanha (27º, com 0,905), França (28º, com 0,903) e Itália (30º, com 0,895).
Entre os países asiáticos, o Japão ficou em 19º lugar, com 0,925 de índice. A Rússia ficou em 52º, com 0,822, à frente da China, com a marca de 0,768 em 79º lugar.
Nas três últimas colocações estão países do continente africano: Níger, 189ª posição (0,400), seguido de Chade com 0,394 e, em último lugar no IDH global, o Sudão do Sul, com índice de 0,385.
Fonte: O Globo