O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou o Brasil chegou ao ano passado o menor taxa de extrema pobreza em quase 30 anos. O estudo revelou que 4,8% da população brasileira vive com uma renda considerada de extrema pobreza. Também ganharam destaque melhores números em relação à renda e redução da desigualdade social.
Extrema pobreza é o termo usado para definir a situação de pessoas que vivem com uma renda muito baixa. De acordo com o estudo, esse grupo é formado por pessoas que ganharam até R$ 267 por mês em 2024.
Com base em dados do IBGE, a nota identificou que, em 1996, um cada cinco brasileiros (25, 2%) vivem na extrema pobreza. Isso significa que houve uma redução de mais de 20 pontos percentuais em quase três décadas.
Nesse mesmo período, o coeficiente de Gini — índice que mede concentração de renda — caiu quase 18%. Além disso, houve um crescimento de 70% da renda per capita — por pessoa — da população. A melhoria é atribuída aos bons índices no mercado de trabalho e a impulsionamento de programas de transferência de renda.
Os resultados mostram que é possível reduzir intensamente a pobreza e a desigualdade, mas que esses movimentos também podem ser interrompidos ou mesmo revertidos por vários fatores. E que é importante combinar diferentes meios para alcançar esses objetivos fundamentais do país”, destacou Marcos Dantas Hecksher, um dos autores do estudo, que também contou com a contribuição de Pedro Herculano Souza.
Fonte: Extra
