ARACAJU/SE, 4 de novembro de 2025 , 0:55:42

“Caminhos do Sagrado” leva a arte em papel à Galeria de Arte J. Inácio, em Aracaju, com obras da professora Rosi Pimentel

 

Transformar o papel em sentimento, fé e cor é o que propõe a artista profª Dra. Rosi Pimentel, que estreia a exposição “Caminhos do Sagrado” na Galeria de Arte J. Inácio, localizada na Biblioteca Pública Epifânio Dórea, em Aracaju (SE), entre os dias 7 e 30 de novembro. As obras, criadas com a delicada técnica do Quilling, traduzem diferentes expressões religiosas e espirituais, unindo arte e sensibilidade. A mostra é viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e tem visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.

A exposição contará também com o cordel de Izabel Nascimento, um diálogo com a cultura popular através do cordel que relata os significados que estão presentes no trabalho de Rosilene Pimentel.

A exposição reúne obras produzidas com a técnica artesanal do Quilling, também conhecida como filigrana de papel, que consiste em enrolar e modelar tiras de papel colorido, criando formas e texturas tridimensionais. Rosi Pimentel conta que o encontro com o Quilling aconteceu de forma natural, mas transformou-se em uma paixão e um novo caminho de expressão artística.

“Eu descobri o Quilling ainda na universidade e me encantei com a possibilidade de transformar algo tão simples quanto o papel em obras que expressam emoção, fé e sensibilidade. O que me atraiu foi a delicadeza do processo e o resultado visual, uma arte que exige paciência, concentração e um olhar afetuoso para o detalhe”, explica a artista.

Para quem nunca teve contato com a técnica, Rosi descreve o Quilling como uma arte silenciosa e meditativa. “É uma técnica totalmente manual. As tiras de papel são enroladas, coladas e moldadas uma a uma. O que a diferencia de outros tipos de artesanato é justamente essa leveza e a profundidade visual que ela cria, com sombras e relevos que só o papel pode oferecer”, detalha.

O processo criativo de Rosi é intuitivo, alternando entre a inspiração temática e o impulso das formas e cores do papel. “Às vezes, a ideia da obra vem primeiro, e busco as cores que traduzam esse sentimento. Em outras, é o próprio formato das tiras que me inspira o caminho. Uma obra mais complexa pode levar semanas, o tempo é parte essencial do trabalho, porque cada detalhe é construído com calma e intenção”, conta.

A exposição “Caminhos do Sagrado” apresenta obras que dialogam com diferentes expressões religiosas e espirituais. “A mostra reflete a minha busca pessoal por compreender o sagrado em suas várias formas. Há elementos do cristianismo, das religiões de matriz africana, do espiritismo e de outras manifestações de fé. O público vai encontrar uma exposição diversa, que convida à contemplação e ao respeito às diferenças”, afirma Rosi.

Sobre a expectativa para a abertura, Rosi destaca o desejo de sensibilizar o público sergipano. “Espero que cada visitante encontre algo que o toque de forma pessoal. O papel, apesar de frágil, é resistente, e essa dualidade reflete muito da nossa humanidade. Que cada obra seja um convite à reflexão sobre a fé, o respeito e a beleza do que é feito com o coração”.

“Caminhos do Sagrado” poderá ser visitada no dia 7 de novembro, a partir das 14h, e de 8 a 30 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, na Galeria de Arte J. Inácio.

Foto: Felipe Moarin

 

 

 

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