Da redação, AJN1
Em meio à pandemia da covid-19, um outro inimigo não invisível e bastante conhecido dos brasileiros, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika, continua em cena e entre os personagens protagonistas. Segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde divulgado nesta quarta-feira (22), de 29 de dezembro de 2019 a 4 de julho de 2020, foram confirmados 280 casos de Chikungunya, um aumento de 1400% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
No mesmo tempo, são 357 pessoas que testaram positivo para a dengue, neste caso, houve uma redução de 81,81% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O documento mostra que foram notificados pela Diretoria de Vigilância em Saúde 1.728 casos suspeitos de dengue, 914 descartados e 457 casos continuam em investigação.
Com relação à Zika, segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde, a incidência é baixa. Isso porque foram quatro casos confirmados em 2019 e cinco em 2020.
Não houve confirmação de óbito em nenhum dos agravos.
“Ficamos na espera de qual dessas arboviroses vão se destacar ano a ano. Em 2019, a Dengue foi o destaque, esse ano Chikungunya apresentou, em alguns municípios, um crescimento significativo. Não é algo que assuste em termos de números, mas estamos em alerta. É uma doença que deixa sequelas, embora a taxa de letalidade seja mais baixa e às vezes deixa o cidadão impossibilitado de trabalhar por vários meses. Os cuidados são os mesmos, o vetor é o mesmo: Aedes aegypti. É importante que a população fique atenta e adote os devidos cuidados”, diz a gerente de Endemias da SES, Sidney Sá.
Já o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, explica que o aumento nos casos Chikungunya não é um surto, mas que são necessários todos os cuidados. “É importante entender que o último surto que tivemos de Chikungunya foi em 2016, então, é esperado que a população esteja mais suscetível a cada ano que se afasta do ano epidêmico. Já temos pessoas que são suscetíveis agora, por isso que deve-se somar cuidados, há o risco dessas pessoas que não tiveram a doença anteriormente contraírem agora. O boletim é sobre um aumento de casos em relação ao ano passado, não se trata de um surto, são números sob controle em alguns municípios, mas que os municípios e população devem estar em alerta para evitar maior disseminação”, destaca o médico.
Municípios
Os municípios com maior incidência de casos de Dengue são: Aracaju (79), Nossa Senhora do Socorro (51), Lagarto (44), Estância (34), Simão Dias (24), Carira (19), Tobias Barreto (17), São Cristóvão (11), Japaratuba (10), Pinhão (7), Cristinápolis (7), Barras dos Coqueiros (6), Monte Alegre de Sergipe (5), Laranjeiras (4), Santa Luzia do Itanhy (4), Itabaiana (3), Salgado (3), Itabaianinha (2), Feira Nova (2), Japoatã (2), Malhador (2), Muribeca (2), Nossa Senhora das Dores (2), Pirambu (2), Umbaúba (2), Arauá (1), Carmópolis (1), Cumbe (1), Graccho Cardoso (1), Indiaroba (1), Itaporanga D’Ajuda (1), Neópolis (1), Nossa Senhora Aparecida (1), Nossa Senhora da Glória (1), Poço Redondo (1), Poço Verde (1), São Francisco (1), Siriri (1).
Os casos de Chikungunya confirmados estão em: Estância (100), Aracaju (71), Simão Dias (49), Nossa Senhora do Socorro (12), São Cristóvão (11), Barras dos Coqueiros (8), Lagarto (8), Malhador (6), Salgado (5), Cristinápolis (3), Campo do Brito (2), Boquim(1), Carira (1), Itabaiana (1), Japaratuba(1), Muribeca(1), Neópolis(1).