Os detalhes sobre a morte de Celso Adão Portella, cujo corpo foi descoberto dentro de uma geladeira durante uma ordem de despejo em Aracaju, no dia 20 de setembro, foram divulgados após a conclusão da perícia. Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Segurança Pública revelou que a causa da morte foi associada a uma queda da própria altura.
O diretor do Instituto Médico Legal de Sergipe, Victor Barros, ressaltou um sinal de fissura na região frontal do crânio, indicando um trauma craniano anterior ao óbito. O tamanho reduzido da incisão descartou a possibilidade de ter sido causada por um objeto contundente, sugerindo, portanto, a hipótese de uma queda.
Entretanto, a perícia não conseguiu determinar se a queda foi acidental ou resultado de uma ação externa, mantendo em aberto a possibilidade de homicídio.
A companheira de Celso, uma técnica de enfermagem, foi detida sob acusações de ocultação de cadáver e maus-tratos à sua filha, que também residia no mesmo local onde o corpo foi encontrado. Durante depoimento, ela alegou que Celso teria falecido em 2016, negando qualquer envolvimento no evento fatal. Atualmente, a mulher está sob cuidados médicos e passará por reavaliação em janeiro de 2024.
O apartamento, em condições de extrema sujeira e insalubridade, levou à remoção da criança, que agora está sob cuidados do Conselho Tutelar.
Celso Adão Portella, que hoje estaria com 80 anos, era natural de Ijuí, no norte do Rio Grande do Sul, e possuía uma carreira como advogado e jornalista com passagens notáveis nas rádios Farroupilha e Gaúcha, entre as décadas de 70 e 80.
Fonte: Terra