O Centro de Aracaju reúne 18.269 trabalhadores — o equivalente a 9,31% dos empregos formais da capital — e mantém 80% de seus imóveis ativos, segundo o Censo Comercial do Centro, divulgado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semde). O levantamento, lançado em outubro, fornece dados estratégicos que devem orientar ações de requalificação na área histórica da cidade.
A pesquisa avaliou 7.489 imóveis distribuídos em seis setores, abrangendo 83 quadras e as principais vias do centro comercial. Foram realizadas entrevistas estruturadas e registros fotográficos para identificar situação dos imóveis, estado de conservação, tipo de ocupação, número de funcionários e necessidades de melhorias.
Os dados mostram que 20% dos imóveis estão inativos — 25% deles em bom estado, com potencial de rápida reocupação. Já os imóveis em situação péssima (14%) ou ruim (14%) foram classificados como prioritários para intervenções urbanas. O comércio lidera a ocupação da região, com 52%, seguido por galerias e prédios comerciais (23%) e uso residencial (18%). O uso misto aparece com apenas 5%, apontando espaço para políticas de diversificação.
Infraestrutura (10,45%) e segurança (9,35%) surgem entre as demandas mais mencionadas pelos empresários locais. Segundo o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Dilermando Júnior, o Censo permitirá definir intervenções específicas por setor. “Mais do que nunca, isso prova como a gente tem que tratar de formas diferentes os setores. Em um, a gente precisa concentrar segurança. No outro, a gente precisa de pavimentação. Em outro, é preciso trocar o calçadão, enfim, fazer todo um trabalho que não está sendo feito, então a gente precisa impactar”, afirmou.
Dilermando destaca que as informações vão auxiliar na elaboração de um plano integrado com outras secretarias e no desenvolvimento de indicadores para acompanhar os avanços. “Foi identificado que quase 10% da população empregada na cidade de Aracaju pela CLT se concentra no Centro da cidade. Então, a gente tem que aproveitar essa vida que existe ali e fazer com que a gente consiga trazer cada vez mais pessoas, empresas, residências, para que o Centro continue cada vez mais vivo, porque esse é o lema da nossa prefeitura, Centro vivo”, completou.
*Com informações AAN





