Da redação, AJN1
Centrais sindicais e movimentos populares realizam na tarde de hoje (15) no centro de Aracaju um ato contra as reformas trabalhista e previdenciária e a terceirização. A ação faz parte do dia nacional de mobilização que tem como foco chamar a atenção da sociedade e tentar influenciar a bancada federal a votar contra as reformas, que no entendimento dos sindicalistas só prejudica os trabalhadores. Na capital, os manifestantes se concentram a partir das 14 h na praça General Valadão, de onde seguem em caminhada até a praça Fausto Cardoso.
Em Aracaju o ato é organizado pela Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE), Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), União Geral dos Trabalhadores (UGT/SE) e Frente Brasil Popular, com o apoio de outras entidades, a exemplo da União Brasileira de Mulheres (UBM) e União da Juventude Socialista (UJS).
Após a realização de um ato público na praça General Valadão, os manifestantes seguem em passeata pelas principais ruas do centro comercial até praça Fausto Cardoso, onde haverá outro ato na frente do prédio da Assembleia Legislativa do Estado (Alese). “Estamos conclamando toda a sociedade a participar desse dia de paralisação para mostrar sua indignação em relação a esses projetos de Temer que penalizam todos os trabalhadores que já estão no mercado de trabalho e as futuras gerações”, salienta Edival Góes, presidente da CTB-SE.
No entendimento do sindicalista, a reforma da Previdência inviabiliza a aposentadoria dos trabalhadores rurais e urbanos, a reforma trabalhista interfere na organização dos trabalhadores e a terceirização precariza as relações de trabalho. “Não podemos concordar com esse pacote de maldades desse governo ilegítimo. Se nós não lutarmos agora, a nossa aposentadoria vai acabar”, afirma Edival Góes.
A secretária da Mulher Trabalhadora do CTB Nacional, Ivânia Pereira, ressaltou que esses os três projetos apresentados têm o mesmo cunho, resolver a crise do setor privado com o aumento da miséria e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadores. “O objetivo estratégico é juntar a fome do setor privado com o ideário corrupto dos políticos de direita e conservadores, que estão presentes tanto no Executivo como no Congresso Nacional”, afirma Ivânia.
Segundo a dirigente da CTB Nacional, a reforma da Previdência rompe com um pilar de estabilidade da sociedade, uma vez que os trabalhadores contribuíam durante sua vida laboral com o INSS na certeza que teriam o benefício. “Com essa reforma, ele terá que contribuir a partir dos 16 anos para se aposentar aos 65 anos, mas, no Brasil, o trabalho é proibido para menores de 18 anos”, argumenta.
A sindicalista afirma ainda que, em relação ao mesmo tempo de contribuição, o governo tem que enxergar há desigualdade entre homens e mulheres na sociedade, nas relações de trabalho e na vida familiar, e, portanto, eles não podem ser tratados como iguais. “Por tudo isso, todos os desempregados e os jovens, que ainda vão entrar no mercado trabalho, devem se posicionar e ir à luta para derrotar esses projetos que são tão nefastos para toda a sociedade”, enfatiza.
*Com informações da Ascom CTB