ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 13:41:15

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Cientistas afirmam que ‘maior tempestade do sistema solar’ poderá ser vista

 

A Grande Mancha Vermelha de Júpiter, conhecida como a maior tempestade do sistema solar, fascinou cientistas e astrônomos durante séculos. Observações recentes do Telescópio Espacial Hubble, no entanto, revelaram mudanças surpreendentes no comportamento desta gigantesca tempestade. O que antes era considerado uma estrutura estável apresentou variações inesperadas, o que chamou a atenção da comunidade científica.

Segundo a CNN, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter é um anticiclone gigantesco, ou seja, uma circulação massiva de ventos que gira em torno de uma área de alta pressão na atmosfera do planeta. Nos últimos 190 anos, este fenômeno foi um ícone de condições meteorológicas extremas no nosso sistema solar. No entanto, novas imagens capturadas pelo Hubble entre dezembro e março revelaram que a Grande Mancha Vermelha “se move como gelatina” e muda de forma inesperadamente.

Essas observações foram descritas pela equipe de pesquisa como inéditas. Segundo Amy Simon, cientista planetária da Nasa, as mudanças na forma e tamanho da Grande Mancha Vermelha não haviam sido identificadas anteriormente. Usando imagens de alta resolução, os cientistas observaram que a tempestade oscila em sua forma e velocidade, sugerindo que ela é muito mais dinâmica do que se pensava anteriormente.

Comportamento surpreendente e enigmático no planeta

Um dos aspectos mais intrigantes desta tempestade é a sua longevidade. Embora as tempestades na Terra normalmente se dissipem rapidamente, a Grande Mancha Vermelha persiste por quase dois séculos. Porém, apesar de sua longevidade, a tempestade começou a apresentar sinais de contração e mudanças em sua estrutura. Os cientistas prevêem que este anticiclone continuará a encolher até atingir uma forma mais estável, o que poderá afetar o seu comportamento geral e a interação com outras tempestades.

Outra constatação relevante é a variação na velocidade das tempestades. À medida que a Grande Mancha Vermelha acelera e desacelera, ela pressiona as correntes de jato do planeta. Este comportamento sugere uma interação complexa entre a tempestade e as correntes atmosféricas de Júpiter, destaca o portal.

As novas observações, além de fornecerem dados sobre o comportamento da Grande Mancha Vermelha, também ajudam a compreender fenômenos atmosféricos em outros planetas, incluindo exoplanetas. O estudo dos sistemas climáticos em diferentes corpos celestes é essencial para ampliar o conhecimento humano de como funcionam as atmosferas sob condições extremas.

O telescópio James Webb também forneceu informações importantes, revelando que o centro da tempestade é mais frio do que se pensava anteriormente. Esse resfriamento provoca a condensação de amônia e água, criando nuvens densas. Além disso, a presença de gás fosfina dentro do vórtice pode ser responsável pela cor vermelha distinta que torna a Grande Mancha Vermelha tão característica.

Embora a tempestade esteja diminuindo de tamanho, ela permanece um mistério para os cientistas. A capacidade de observar com maior detalhe a Grande Mancha Vermelha, graças aos avanços tecnológicos, permitiu descobrir padrões e comportamentos que antes passavam despercebidos.

Fonte: O Globo

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