ARACAJU/SE, 22 de setembro de 2025 , 12:23:32

Com 13,5%, Sergipe registra a 6ª maior taxa de analfabetismo do NE

Da redação, AJN1

Em Sergipe, a taxa do analfabetismo registrada em 2019 para pessoas de 15 anos ou mais foi de 13,5%, a 6ª maior do Nordeste e entre as seis mais altas do país. A região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo do país (13,9% diante de 6,6% registrado no Brasil). Os nove estados da região tinham as nove piores taxas do Brasil. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) para o módulo anual de educação, divulgada nesta quarta-feira (15), pelo IBGE, e que investiga as características básicas do tema para as pessoas de 5 anos ou mais de idade.

Conforme o estudo, persistem as desigualdades regionais, de gênero e de cor ou raça: mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, pessoas brancas tiveram indicadores educacionais melhores que os das pessoas pretas ou pardas. Para brancos, a taxa ficou em 11,2%, ao passo que para pretos e pardos ela ficou em 14,2%. Entre homens, a taxa era de 14,9% ante 12,3% entre mulheres.

As diferenças mais visíveis, porém, aparecem nos recortes etários, em especial na comparação entre a taxa para pessoas com 15 anos ou mais (13,5%) e a taxa para pessoas com 60 anos ou mais (37,9%).

Para pessoas com 60 anos ou mais e de cor ou raça preta ou parda, a taxa de analfabetismo em 2019 chegava a 40,2%. Por outro lado, considerando apenas a região metropolitana de Aracaju, na população com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo caía para 6,4%.

Mais escolarizada

O estudo observou que, apesar da taxa de analfabetismo não ter apresentado variações estatisticamente significativas no período 2016-2019, a população está mais escolarizada. Um dado que reflete esse aumento da escolaridade é o número médio de anos de estudo da população com 25 anos ou mais de idade, que, em Sergipe, ficou em 8,2 para o ano de 2019. Em 2016, eram 7,8 anos de estudo e, em 2018, 7,9 anos. As variações nas duas comparações foram consideradas estatisticamente significativas.

O aumento foi estatisticamente significativo nas duas comparações para as mulheres, que em 2016 tinham 8,1 anos de estudo, passando a 8,2 em 2018 e 8,5 em 2019. O mesmo aconteceu no grupo de pessoas com cor ou raça preta ou parda, com a média de anos de estudo passando de 7,5 em 2016, para 7,7 em 2018 e para 7,9 em 2019. Os padrões de desigualdade, porém, se mantiveram. Mulheres têm em média mais anos de estudo que homens (8,5 contra 7,8) e brancos, mais do que pretos e pardos (9,1 contra 7,9 anos).

Essa diferença é menos visível na região metropolitana de Aracaju quando se considera o recorte por sexo. Em 2019, eram 10,3 anos de estudo em média, com 10,2 anos para homens e 10,3 para mulheres. Considerando apenas a capital, os dois grupos empatam em 10,8 anos. No recorte por cor ou raça, porém, a diferença se intensifica, com uma média de 11,6 para brancos e 9,8 para pretos ou pardos na RM de Aracaju, e 12,1 para brancos e 10,3 para pretos ou pardos no município da capital.

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