ARACAJU/SE, 7 de setembro de 2025 , 16:11:38

Com investimentos bilionários, ciência busca soluções para conter envelhecimento e adiar a morte

O espanhol Juan Ponce de León fez sucessivas expedições no século XVI à procura da fonte da juventude. O imperador chinês Qin Shi Huang, o primeiro da dinastia Qin, tentou alcançar a imortalidade ao ingerir pílulas de mercúrio há 2 mil anos. A vida eterna é um desejo que acompanha a humanidade desde seus primórdios. Graças aos avanços da ciência e investimentos bilionários inéditos, a ideia de frear ou ao menos retardar o envelhecimento parece estar mais perto de se tornar realidade.

Fundadores de grandes empresas de tecnologia, como Jeff Bezos, da Amazon, Larry Ellison, da Oracle, e Sergey Brin e Larry Page, do Google, estão investindo bilhões de dólares em pesquisas biomédicas.

A mais recente empreitada nessa busca se chama Altos Labs, uma startup no Vale do Silício, na Califórnia. A empresa já nasceu com um investimento de US$ 3 bilhões, três laboratórios – sendo dois nos EUA e um no Reino Unido – e um time dos sonhos de pesquisadores, incluindo diversos ganhadores do prêmio Nobel. Entre seus investidores estão Bezos e o bilionário russo-israelense Yuri Milner. Sua principal aposta é uma técnica chamada reprogramação celular. Em laboratório, ela se mostrou capaz de rejuvenescer células.

O envelhecimento não é só o acúmulo de aniversários e o aparecimento de rugas e cabelos brancos. Tudo isso é consequência de um processo natural do corpo humano, que ocorre em nível celular.

Nas últimas décadas, o desenvolvimento de remédios e vacinas, o saneamento básico, o cuidado com a alimentação e a prática de atividade física aumentaram consideravelmente a expectativa de vida humana. Entre 1990 e 2015, o número de centenários no mundo quintuplicou, chegando a 450 mil pessoas. No entanto, apesar de todos os avanços da medicina, ninguém foi capaz de superar o recorde da francesa Jean Calment, que faleceu em 1997, aos 122 anos. Ao menos até agora. As principais apostas hoje para estender a expectativa de vida buscam atuar no nível genético e molecular.

Fonte: O Globo

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