Da redação, AJN1
Delegados da Polícia Civil de Sergipe podem paralisar as atividades caso o Governo do Estado não pague de forma integral o salário referente ao mês de junho. A mobilização ocorre em virtude do parcelamento do pagamento e da indefinição de uma data para a quitação da segunda parcela dos salários. De acordo com a Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol), a categoria vai esperar até o dia 21 de julho e caso não ocorra o pagamento, no dia seguinte será realizada uma assembleia na qual serão definidas medidas, dentre elas uma greve, para garantir o cumprimento e a garantia dos seus direitos.
O secretário de Segurança Pública, João Batista dos Santos Júnior, informou que tem conhecimento da possibilidade de uma greve dos delegados de polícia e ressaltou que a questão salarial foge da competência da pasta. No entanto, a Secretaria de Segurança deve estar preparada para todos os cenários, inclusive de uma paralisação. "Contamos com a responsabilidade dos delegados, escrivães e agentes de polícia. A associação é livre e tem autonomia. Mas tem que arcar com as responsabilidades dos seus atos", disse o secretário.
Em nota encaminhada à imprensa, a Adepol manifesta a indignação com a decisão do governo em parcelar os salários dos delegados, usando como justificativa a falta de recursos financeiros para o pagamento integral da folha de servidores públicos e sem estabelecer uma data para a quitação dos valores restantes. Segundo a Associação, a situação tem causado apreensão, insegurança e preocupação em toda a categoria.
"A Adepol vem se reunindo com os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a fim de encontrar alternativas que restabeleçam o quanto antes a normalidade no pagamento, sem prejuízo de adotar medidas mais enérgicas caso o Governo não proceda à integral quitação das dívidas salariais até o próximo dia 21. Assim, não ocorrendo o pagamento integral dos salários de junho até o dia 21 de julho, os delegados de polícia voltarão a se reunir em assembleia, na manhã do dia 22, onde deliberarão sobre a adoção de medidas mais enérgicas com vistas ao cumprimento e observância de seus direitos", diz a nota.